- Gênero: Ficção
- Direção: Aneil Karia
- Roteiro: Aneil Karia
- Elenco: Stormzy, Klevis Brahja, Aiyeesha Vassell
- Duração: 20 minutos
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Tomar o cotidiano como tema não garante sensibilidade. Big Man, de Aneil Karia, fala sobre o um músico interpretado por Stormzy que atravessa uma daquelas fases terríveis da vida. O seu encontro com dois garotos muda seu jeito de ver as coisa. O problema não está na premissa e nem na câmera de iPhone, mas na falta de profundidade. O curta busca conexão, mas é frio, pouco envolvente.
A tecnologia tem mais lugar do que a própria emoção da história. A narrativa se rende ao charme do cinema de bolso, e usar o iPhone 16 Pro vira rótulo antes de ser uma experiência estética. O contato entre gerações é até bonito de se ver, mas não tem força. Falta pele, falta risco, falta um corte que faça sentir de verdade.
Não ajuda o tom bonzinho e arrumadinho demais. O resgate proposto parece calcado no clichê seguro de reencontrar propósito através da infância, recobrando não o presente, mas o passado idealizado. Só que, sem ter uma ferida verdadeira, o filme deixa explícita a falta de coragem. O reencontro entre o homem cansado e os meninos se perde na promessa.
É cinema leve, sim. Tanto positiva quanto negativamente, pois não existe peso na superficialidade extrema. Big Man se entrega a uma sensação de calorzinho confortável, sem nunca esquentar de verdade. Se o objetivo era demonstrar gentileza e técnica, conseguiu. Se era causar algum outro sentimento ou produzir qualquer tipo de divisão, falhou. Deixou apenas boas intenções que disfarçam o vazio. E de boas intenções…
Um grande momento
No parque de diversões


