- Gênero: Comédia
- Direção: Ana Luiza Azevedo, Jorge Furtado
- Roteiro: Guel Arraes, Jorge Furtado
- Elenco: Cauê Campos, Jéssica Barbosa, Katiuscia Canoro, Rafael Infante
- Duração: 110 minutos
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A primeira produção original para o streaming made in Brasil do VIS, divisão de estúdios da Paramount, tem a assinatura de Jorge Furtado, Ana Luíza Azevedo e Guel Arraes. Vai Dar Nada é um produto com certa feição de “enlatado” – como são tantas produções especialmente de comédia e ação por aqui – mas alguma autenticidade provinda especialmente do texto de um dos melhores roteiristas do nosso mercado, Jorge Furtado.
Onde falta inspiração no modo de dirigir ou sobram caricaturas de personagens periféricos – um contraste substancial com outra estreia brasileira este mês só que no Star+, Vale Night – resta alguma graça na forma que o texto de Furtado e Guel Arraes empresta ares de aventura a jornada do motociclista Kelson (Cauê Campos, de Detetives do Prédio Azul) em busca de uma vida menos ordinária é uma moto mais envenenada.
Numa progressão bastante previsível, ele, que é funcionário de Suzi (Katiuscia Canoro) e Fernando (Rafael infante) num desmanche, se envolve com um perigoso bandido e tem que escapar da perseguição. A irmã Rebeca, vivida pela promissora Jessica Barbosa, tenta dissuadi-lo e acaba ela própria se metendo numa enrascada ao se envolver com Fernando enquanto Kelson se aproxima de Suzi.
Fato é que Vai Dar Nada pode até ser simpático pelo esforço dos envolvidos, com um elenco diversos que conta com comediantes talentosos e jovens talentos mas sua premissa é esquecida na primeira acelerada afinal. Como pode um filme centrado em velocidade e motos não ter uma perseguição automobilística valendo?
(Até tem uma no comecinho do filme, mas os policiais nem investem energia em perseguir o anti-herói da quebrada e logo ele escapa)
É esperar para ver quais outras produções do Brasil chegarão em breve na plataforma e, no caso da comédia de erros Vai Dar Nada, se esse vai render uma continuação que tenha uma história com mais substância e graça, coisa que mentes por trás de O Homem Que Copiava e O Auto da Compadecida são totalmente capazes de fazer.
Um grande momento
O litígio no tribunal