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X-Men: Apocalipse

(X-Men: Apocalypse, EUA, 2016)

Ação
Direção: Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult, Oscar Isaac, Rose Byrne, Evan Peters, Josh Helman, Sophie Turner, Tye Sheridan, Lucas Till, Kodi Smit-McPhee, Ben Hardy, Alexandra Shipp, Lana Condor, Olivia Munn
Roteiro: Bryan Singer, Michael Dougherty, Dan Harris (história), Simon Kinberg
Duração: 144 min.
Nota: 6 ★★★★★★☆☆☆☆

Depois de dois filmes de qualidade, X-Men: Primeira Classe e X-Men: Os Dias de um Futuro Esquecido, que davam uma nova configuração à reunião dos mutantes da Marvel chefiados por Charles Xavier e Erik Lehnsherr, era natural que as expectativas estivessem elevadas para o filme que chega hoje aos cinemas brasileiros: X-Men: Apocalipse.

Dirigido novamente por Bryan Singer, responsável pelo segundo – e melhor – filme da nova trilogia, o filme fala de um dos mais poderosos vilões do universo mutante. Nascido no Egito, milênios antes da era moderna, Apocalipse – ou En Sabah Nur, nome que recebeu de Baal, seu pai de criação, depois de ser abandonado para morrer no deserto – retorna aos tempos atuais e resolve dominar o mundo.

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Logo após conhecer o personagem e seus fieis quatro cavaleiros, em mais uma de suas trocas de corpo, o público é transportado aos anos 80 com créditos iniciais inspirados, como já virou padrão em filmes do gênero. Lá encontra novamente personagens que já conhece bem.

O filme tem vários bons momentos, com alguma tensão, cenas de lutas competentes e consegue fazer bem a ligação do espectador com quase todos os personagens na tela. Porém, carece de um roteiro mais estruturado e, pior, acaba se prendendo (e perdendo) em um único personagem, que deveria ser menor do que três dos presentes no filme, ao menos.

X-men-apocalipse_interno

Entre os bons momentos estão algumas repetições que, mesmo que não sejam originais, são muito bem recebidas, como a participação de Mercúrio, ou algumas novidades como o jeito atrapalhado de Noturno. Mas ao pensar na construção dos personagens, vê-se que muito pouco foi realmente trabalhado por Simon Kinberg, roteirista de filmografia bem irregular.

Apesar de ter em mãos um dos mais significativos vilões do universo, Apocalipse, muito pouco se aproveita de toda a sua mística. Os quatro cavaleiros, coitados, são quase esquecidos, com talvez Ororo aparecendo um pouquinho mais, mas sem nenhum desenvolvimento interessante. É como se tivesse gente demais e tempo de menos para contar história. O que não procede, já que a versão final do filme chegou às salas com 144 minutos de duração.

E ainda há os exageros no melodrama e alguns pontos sem nó, além de ter uma coisa grave: o filme sofre com a presença de Jennifer Lawrence no elenco. Gigante fora da franquia, a atriz fez com que o tamanho da personagem se adequasse a ela. Em um filme com Apocalipse, Magneto e Xavier, isso é sério.

Mas, apesar de todos os pesares, estão lá os efeitos especiais impressionantes, um trabalho de som de primeira linha e aqueles personagens pelos quais já nos apegamos. Com direito, inclusive, a uma violenta participação de Logan e a uma surpresa que vai agradar muita gente.

Ou seja, dentro de suas limitações, X-Men: Apocalipse não deixa de ser um filme que diverte.

Um Grande Momento:
A sequência com Wolverine.

X-men-apocalipse_poster

Links

IMDb [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=3vYpPwBKJ28[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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