Drama
Direção: Jonathan Levine
Elenco: Josh Peck, Ben Kingsley, Famke Janssen, Olivia Thirlby, Mary-Kate Olsen, Jane Adams, Method Man, Talia Balsam, David Wohl, Aaron Yoo
Roteiro: Jonathan Levine
Duração: 99 min.
Minha nota: 6/10
A história da escolha de Doidão, que no festival está com o nome original The Wackness, vem muito antes da projeção. O filme escolhido no começo do festival foi o espanhol O Canto dos Pássaros. No final de semana, uma folha na bilheteria me chamou a atenção, o aviso dizia que o filme era em preto-e-branco e não era uma comédia, como a programação anunciava.
Até aí tudo bem, não fosse a curiosidade e uma pesquisa rápida na internet, onde achei a crítica que Sérgio Alpendre escreveu para a Mostra de São Paulo. Ao ler “[…]planos longos, em que pouca ou nenhuma coisa acontece” e “[…]com um silêncio apavorante[…]” resolvi passar, afinal de contas a minha cota com filmes assim já foi devidamente cumprida com o longa Liverpool.
Sem esse filme, tive que escolher um outro de última hora. E lá estava mais uma produção com Ben Kingsley. Então, por que não?
Doidão é um filme dirigido ao público que mais gasta dinheiro com cinema atualmente, o jovem. O longa segue a trilha de Juno, também independente e que mostrou que os adolescente não são tão idiotas como os retratados em filmes estadunidenses.
Conta a história de Luke Shapiro nos três meses que antecedem sua ida à faculdade. Ele tem problemas em casa, pois seus pais não param de brigar, e, para ganhar a vida, vende maconha nas ruas de Nova York.
Seu único amigo é o esquisito psiquiatra Dr. Squires, que troca suas sessões por maconha e é padastro da menina por quem Shapiro se apaixona.
Com um roteiro meio vazio e não criativo, o filme vai contando a história desse verão de 1994 sem que nenhuma grande coisa aconteça. A falta de criatividade afeta também a diretora de arte, Beth Kuhn, e a diretora de fotografia, Petra Korner.
Alguns momentos são muito divertidos e o elenco está muito bem. Shapiro é interpretado pelo novinho Josh Peck e Dr. Squire, por Ben Kingsley que, ao meu ver tem aqui a atuação mais relaxada e carimática de sua filmografia.
A trilha sonora segue a tendência teen da atualidade e está cheia de muito hip-hop.
No mais, é mais uma história adolescente que começa falando de uma coisa, passa por muitas outras e acaba meio perdido. De repente tenha sido de propósito e o diretor tenha tido a intenção de passar que o filme era mais ou menos como a vida de um doidão.
O que fica, realmente, são os momentos engraçados que contagiam a platéia, e a atuação magistral de Kingsley como um médico velho viciado e derrotado.
Uma boa opção quando o principal objetivo é rir um pouco.
Próxima exibição no festival: 09/11, às 21h10.
Um Grande Momento
“Are you crying?”
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Sundance: Grande Prêmio do Júri, Escolha da Audiência
Links
FIC Brasília 2008
Eu acho que é Vinícius, pelo menos está assim no e-Pipoca, mas sei lá! Em Portugal chegou com o nome de À Devira…
Beijocas
Estou super ansioso por esse filme, mas sério mesmo que ele terá esse título por aqui? Escolha inusitada, no mínimo.
Oi, Hugo!
Também fiquei impressionada com a atuação dele em Sexy Beast. Ele é muito bom!
Não se se você vai gostar do filme, mas com certeza vai dar boas risadas.
Beijocas
Gosto deste tipo de filme estranho, mas com algo interessante e nesse caso além da história, tem o ótimo Ben Kingsley, que por sinal outro dia assisti uma grande atuação dele num filme inglês chamado “Sexy Beast”. Ele está apavorante como um perigoso assassino.
Bjos