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O Orfanato

(El Orfanato, ESP, 2007)

Suspense/Terror
Direção: Juan Antonio Bayona
Elenco: Belén Rueda, Fernando Cayo, Roger Príncep, Mabel Rivera, Montserrat Carulla, Geraldine Chaplin
Roteiro: Sergio G. Sánchez
Duração: 105 min.
Nota: 8 ★★★★★★★★☆☆

Eis aí um filme que chamou a minha atenção desde quando foi lançado, mas passou tão meteoricamente no cinema que quando pude conferir, não estava mais em cartaz. O jeito foi esperar o lançamento nas locadoras e o dia em que o disco estava disponível para locação.

Toda a ansiedade não atrapalhou em absoluto no filme, que me surpreendeu do primeiro ao último momento, provocando sentimentos como medo e emoção o tempo todo.

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Laura passou a infância em um orfanato e guardou sempre boas lembranças do lugar. Por isso, anos mais tarde ela e o marido resolvem comprar o local e transformá-lo numa espécie de lar para crianças necessitadas.

Pouco antes da inauguração, o filho pequeno do casal, adotado e com problemas de saúde, desaparece misteriosamente e acontecimentos sobrenaturais começam a acontecer.

O bom roteiro cresce muito com a interpretação de Belén Rueda como a mãe desesperada a procura do filho desaparecido e a história vai envolvendo qualquer um.

O clima do filme é todo compassado por uma sonoplastia perfeita e uma fotografia que é ao mesmo tempo singela e opressora.

A estréia de Bayona na direção de longas-metragens, depois de passar por curtas e videoclipes, é precisa e consegue conduzir o público exatamente para onde quer, provocando medo, dúvidas, crenças e tudo isso com muita sensibilidade.

A produção executiva é de Guillermo del Toro, diretor da belíssima e triste fábula O Labirinto do Fauno.

Um excelente programa para quem gosta de filmes do gênero e não agüenta mais as fracas tentativas estadunidenses.

Um Grande Momento

Achando o lugar da maçaneta

Prêmios e Indicações (as categorias premiadas estão em negrito)

Fantasporto: Direção, Atriz (Belén Rueda)

Goya: Filme, Diretor Estreante, Roteiro Original, Atriz (Belén Rueda), Ator Revelação (Roger Príncep), Atriz Coadjuvante (Geraldine Chaplin), Direção de Arte (Josep Rosell), Maquiagem (Lola López, Itziar Arrieta), Figurino (Maria Reyes) , Som (Xavier Mas, Marc Orts, Oriol Tarragó), Efeitos Especiais (David Martí, Montse Ribé, Pau Costa, Enric Masip, Lluís Castells, Jordi San Agustín), Edição (Elena Ruiz), Trilha Sonora (Fernando Velázquez), Direção de Produção (Sandra Hermida)

Links

Site Oficial IMDb
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=K6rB5EOGEmw[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Olá!

    O pior é que sempre tem mesmo aqueles remakes explicativos lá, né Gustavo? Acho incrível como eles não se tocam com isso!

    É mesmo uma alternativa a essa enxurrada de filmes japoneses, O Cara. Algo sem cabelos sinistros e sem tanta água. Hehehe

    Beijocas

  2. Acredito eu, um dos melhores filmes de terror dos últimos tempos, fugindo desse vício oriental que assola os filmes de horror de hoje em dia, me deixou realmente assustado… Escrevi algo sobre ele lá no blog, dá uma oplhada depois…

  3. Um filme muito bem-feito, com momentos de sensibilidade que complementam o suspense. Realmente, uma ótima alternativa às tranqueiras hollywoodianas – quando eles farão o inevitável ‘remake’? ;)

    Cumps.

  4. Oi gente!!!

    Wallace – Concordo com você. Faz tempo que não se faz coisa boa no gênero e os espanhóis são dos poucos que ainda conseguem algo.

    Johnny – Nossa! Não achei isso não. Pelo contrário, apesar de todas as expectativas, o filme ainda me surpreendeu. Também não acho Rueda feia não.
    Eu acho que o melhor da história é justamente a dubiedade e não achei parecido com Fauno não. E spoiler assim sem avisar…
    REC eu ainda não vi, mas pretendo.
    Para esse filme, as nossas opiniões não combinaram mesmo, né? Hehehe.

    Miguel – Mas não estragou não… Veja que acho que você vai gostar!

    Red – Pois é! Ele não gostou de jeito nenhum. Eu adorei!

    Pedro – Ela está fantástica no filme e a manipulação da platéia funciona perfeitamente, né?

    Luciano – Pois é. Nada é inédito, mas o jeito de colocar é tão peculiar que tudo parece tomar graça novamente.

    Ramon – Vale muiiiiiiiiito a pena!

    Kau – É um conto de amor mesmo e, como você disse, é belíssimo! Tudo vai tão naturalmente que parece que estamos ouvindo uma história daquelas antigas…

    Vinícius – Não achei não. Acho que dentro deste sub-gênero de terror é um dos melhores dos últimos tempo. Inclusive como cinema.

    Alyson – O Johnny polemizou… Hehehe.
    Eu acho que existe esse mito de que para ser cinema tem que ser “de arte”, “conceitual” e tal. As pessoas esquecem-se de que o objetivo principal do cinema é entreter e pode fazê-lo com histórias simples e fáceis como esta.
    Além do mais, falar que não é cinema, é uma injustiça, pois ach o mesmo que você. O trabalho de fotografia, direção de arte, som e efeitos é muito competente.

    Beijocas a todos!!!

  5. “e que chegamos em um final tão obvio quanto o começo do filme.”

    Claro, o filme quis ser óbvio, não quis ter suas mirabolações. Foi esse os motivos ao qual você, JP, disse sobre “Os Estranhos” ser um bom filme e porque então esse não é?! Ah! Porque todos gostaram….rsrs!

    Sobre o filme, Ceci…
    Ele é facinho. Bem facinho. Mas ainda é cinema em sua parte técnica (Quem o critiva, nunca diz que a camera de Bayona é agradável, que a fotografia é bela, assim como a trilha sonora e que Belen Rueda tem uma atuação fortissima, mas ai falam mal de sua beleza, por não ter mais desculpas para inventar). Retornando ao filme mais uma vez, hehe… E sim, é um dos melhores exemplares do Horror na atualidade e , ao contrário do Vinicius, se destaca no cinema em geral.

    Um beijo e desculpa a exaltação..hehe!

  6. Acho que “O Orfanato” é um filme relativamente competente dentro do seu gênero, mas como cinema em geral deixa um pouco a desejar…

  7. Cecília, achei este filme BELÍSSIMO! Muito, mas muito mas que assustar, ele é um conto de amor, um drama. Excelente atuação de Belén Rueda e, também, do garotinho Roger Príncep. Minha nota, merecidamente, foi um 9,0!!

    Bjos!

  8. Esse eu tb perdi no cinema, mas qualquer dia desses eu assisto.

  9. Eu também gostei muito desse filme, Cacília. O mais bacana é que ele usa elementos batidos de uma forma muito particular. É ver mais do mesmo sob um ponto de vista completamente diferente!

    Abraço! ^^

  10. Bom filme. Bacana a atmosfera sombria criada e Belen Rueda manda muito bem!

    Abraço!

  11. Está na minha lista para ver em breve. As críticas têm sido óptimas. O Johnny é que me tramou agora… eh eh eh eh eh… :)

    Beijinho.

  12. Cecília, ando me coçando de vontade de ver tb! Normalmente essa ansiedade só me atrapalha! :))

    PS: Nem vou falar nada sobre o spolier do comentarista anterior…¬¬

  13. Uma grande decepção … a primeira coisa que me lembra O Orfanato. Apesar da mão segura de Bayona e da atuação de Belen Rueda (que convenhamos … é feia que doi), o filme significa o mais do mesmo para histórias de fantasmas. Mesmo com a sequencia genial dos mediuns, após essa sequencia o filme transforma em uma montanha russa no qual chegamos ao apice, o filme entra em um declinio devastador e que chegamos em um final tão obvio quanto o começo do filme.

    Outro pior erro foi quando “repetiu” o sentido ambiguo/filosofico de Fauno no final do longa deixando cair drasticamente. acredito eu que existiu interfencia de Del Toro nesse desfecho. Entretanto o tom dramatico em algumas cenas salva esse filme do marasmo e se o nome de Del Toro não fosse vinculado … Orfanato … que filme é esse?

    É esse e REC … dois filmes espanhois com um gosto paraguaio … Abraços

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