(Feliz Natal, BRA, 2008)
Direção: Selton Mello
Elenco: Leonardo Medeiros, Paulo Guarnieri, Darlene Glória, Lúcio Mauro, Graziela Moretto, Fabrício Reis,Emiliano Queiroz, Thelmo Fernandes, Nathalia Dill, Hossen Minussi, Cláudio Mendes, Rose Abdalah, Daniel Torres
Roteiro: Selton Mello, Marcelo Vindicatto
Duração: 100 min.
Nota: 8
Depois de vários papéis em seriados de TV e em filmes e uma vontade de falar coisas que ele não conseguia atuando, ele criou coragem para assumir a cadeira de diretor.
Com um filme duro e amargo, ele escancara a vida de uma família destruída. Miguel, o pai, não quer envelhecer e está envolvido com uma menina mais nova; Mércia, a mãe, é uma alcóolatra deslocada que vive na casa do filho Téo, o bundão, e da amarga nora Fabiana; o outro filho do casal é Caio, um homem destruído pela culpa.
Em meio a tanta desgraça, a esperança vem na forma do pequeno e fofo Bruno, filho caçula de Téo e Fabiana.
Para aproximar a história do público e torná-la quase palpável, Selton Mello e o diretor de fotografia Lula Carvalho optam por uma composição de closes sufocante e quase tão desesperada quanto a história contada.
O elenco está todo muito bem e traz de volta às telas Paulo Guarnieri, que deixou a profissão para cuidar de uma pousada em Paraty, e Darlene Glória que interpreta Mércia, papel criado exclusivamente para ela, depois de finalizado o roteiro que não previa uma mãe, e toma conta de todas as cenas que participa.
Mas, mesmo com um bom elenco, por mais de uma vez fica a impressão de que faltava alguma direção ou roteiro a serem seguidos.
O argumento do filme é ótimo, mas o roteiro perde, talvez em uma tentativa do diretor para expor atuações mais naturais, a oportunidade de criar falas mais consistentes e pertinentes à história contada.
A trilha sonora, de Plínio Profeta, é marcante, mas por ser um pouco repetitiva pode incomodar alguns. A edição correta entrega ao público um filme enxuto e com ritmo sempre constante.
Um excelente exemplo de um bom cinema, mesmo que ainda falte amadurecer algumas coisas.
Indicado para dias felizes, pois o que se encontra na tela não é nada animador. Depressivos com tendências suicidas devem esconder as lâminas de gilete no dia em que forem assistir.
Um Grande Momento
O discurso de Natal de Mércia.
Links
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