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Espelhos do Medo

Visto no Cinema(Mirrors, EUA/ROM, 2008)

Terror

Direção: Alexandre Aja

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Elenco: Kiefer Sutherland, Paula Patton, Amy Smart, Cameron Boyce, Erica Gluck, Jason Flamyng, Mary Beth Peil

Roteiro: Sung-ho Kim (roteiro do filme coreano Geoul sokeuro), Alexandre Aja, Grégory Levasseur

Duração: 110 min.

Minha nota: 4/10

Depois de Alien contra Predador e Freddy contra Jason chega às telonas o inesperado duelo entre Jack Bauer e Regan McNeal!

Na verdade, não é nada disso, mas a comparação acontece no final do último filme conferido por mim. Espelhos do Medo é mais uma adaptação estadunidense de um longa de terror oriental, no caso o coreano Dentro do Espelho.

Um policial afastado e alcóolatra mora com a irmã caçula em um pequeno apartamento e sonha em voltar para a casa da família, mas a esposa ainda não consegue aceitá-lo.

Depois de dias sem beber, ele arruma um trabalho como vigia de uma antiga e chiquérrima loja de Nova York que foi completamente destruída por incêndio. A vaga foi aberta depois do misterioso suícidio do antigo vigia.

Apesar do incêndio, os espelhos continuam intactos e, pior, se comunicam com quem os observa. Como na maioria dos filmes de terror, no local existia alguma outra coisa antes. Desta vez não era um cemitério de índios, mas um hospital.

O filme até começa bem e consegue criar alguma agonia naqueles que o assistem. Os sustos, mesmo que esporádicos, acontecem e tudo vai indo bem até a metade do filme, quando as mortes começam a acontecer.

O roteiro é frouxo e a produção caminha para um buraco sem fim, tanto que até a personalidade dos espelhos consegue mudar.

Kiefer Sutherland até começa bem, mas termina o filme como o Jack Bauer do seriado 24 horas. Paula Patton não transmite muita coisa nem como a ex-esposa preocupada, nem como a mãe desesperada.

Como se não bastassem todos os problemas de roteiro e atuação, o filme ainda apela para situações absurdas, como a correspondência do além, o carpete enxarcado que vira uma piscina e um suicídio a la Didi Mocó.

E o pior ainda estava por vir: a motivação dos espelhos, a solução do problema e a luta final.

Bom para quem gosta do gênero e não é nem um pouco exigente. Os que gostam das adaptações estadunidenses para histórias orientais podem gostar.

Um Grande Momento

O primeiro susto.



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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Olá, Dani!

    Musiquinha da Liga da Justiça é a melhor de todas!
    Ter esperado passar na Globo seria mesmo uma boa idéia!
    Beijocas

  2. Real… A introdução foi realmente boa; os sustos, por mais que já esperados por causa das músicas e todo clima, foram muito bem dados, mas depois, REALMENTE, houve uma aloprada. Os espelhos mexendo mais pareciam dementadores. Cenas TOTALMENTE iguais O Exorcista e O Exorcismo de Emily Rose e o detalhe do Jack Bauer também é fato…
    Uma pena que um filme que tinha tudo para ser bom tenha se transformado NISSO, ainda mais com a música final sendo a música da LIGA DA JUSTIÇA!
    Desnecessário… dinheiro gasto à toa, podia ter visto na Globo…

  3. Eu não vi o original, mas acredito no que você diz. Eles são mestres em fazer isto.

    Beijocas, Dr. Fantástico!

  4. E o pior é que até podia ser bom. É muito dinheiro para se jogar fora, né?

    Beijocas

  5. Aeeee, mais uma pessoa para o clube…

    Juro que acho que ninguém gostou do filme!

    Bjos.

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