Na próxima terça-feira, dia 18/11, começa a 41ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Durante o festival, um dos mais importantes do país, vários filmes são exibidos entre seminários e palestras voltados, exclusivamente, para o cinema.
A capital brasileira fervilha de atores e cineastas até o anúncio dos principais ganhadores no dia 25/11.
Com o cinema em todos os cantos da cidade, os locais de exibições de filmes serão ainda mais variados. Entre eles os já tradicionais Cine Brasília e Teatro Nacional; nos shoppings Pier 21 e Casa Park; no Centro Cultural do Banco do Brasil; em cidades satélites e em estações de metrô.
Cursos e seminários acontecem no Hotel Nacional.
Você é o cineasta
Uma das novidades mais interessantes deste ano é o resultado do festival de micrometragens Cel.u.Cine. Tudo que você tem que fazer é mandar um filme com no mínimo 30 segundos e máximo três minutos de duração contando a história de alguma “figuraça” que você conheça.
Os três primeiros colocados concorrem a viagens à França, participação no festival de Cannes ou no festival de Gramado. Os vinte primeiros terão seus filmes exibidos durante o festival. As inscrições podem ser feitas até o dia 20/11. Mais informaçõs aqui.
Julgadores e julgados
Este ano, a dura tarefa de escolher o melhor filme do Festival de Brasília está nas mãos de Carlos Reichenbach, Maria Flor, Murilo Salles, Vladimir Carvalho, Sérgio Machado, Sandra Corveloni e Artur Xexéo
Longas – 35mm
À Margem do Lixo
Direção: Evaldo Mocarzel
Documentário, cor, 35mm, 83min, SP, 2008
Documentário que focaliza a rotina de vida dos catadores de papel e materiais recicláveis na cidade de São Paulo. Trata-se da terceira parte de uma tetralogia iniciada com À Margem da Imagem, que recebeu 19 prêmios em festivais no Brasil e no exterior, e À Margem do Concreto, que recebeu o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular no Festival de Brasília.
Direção: Kiko Goifman
Ficção, cor, 35mm, 80min, SP, 2008
Aracnofobia, fobia de avião, talassofobia (medo do mar), fobia de cobras, fobia de sangue, fobia de agulhas, fobia de pombos, fobia de penetração, fobia de botões. Jean-Claude Bernardet (um dos principais estudiosos de cinema do Brasil) atua no filme como Jean-Claude, o diretor de um documentário que explora os limites psicológicos, contrapondo a fobia das pessoas com situações fortes, emocionalmente violentas. A principal idéia do diretor do documentário que acontece dentro do filme é que a única imagem verdadeiramente autêntica, real e convincente é a de um ser humano em contato com a sua própria fobia. Os gestos erráticos, desesperados e fora de controle dos fóbicos trariam a verdade da imagem. FilmeFobia se constrói como um making of deste documentário fictício.
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Cris Bierrenbach, Hilton Lacerda, Livio Tragtenberg e Ravel Cabral.
Ñande Guarani (Nós Guarani)
Direção: André Luís da Cunha
Documentário, cor, 35mm, 76min, DF, 2008
Os Guarani são um povo milenar que habita a América do Sul, em regiões onde atualmente se localizam Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil. Os problemas que os Guarani enfrentam em seu dia-a-dia são os mesmos em todos os lugares em que vivem. A grande luta deles hoje é pelo reconhecimento de seus direitos enquanto sociedade culturalmente diferenciada, e seu maior desafio é a demarcação de partes de suas terras usurpadas no processo de colonização da América do Sul.
Participações: Pajé Alcides Weraty, Pajé Dionísio Duarte (Argentina), Carlito Valiente, Amilton Lopes, Valdelice Veron, Pajé José Fernandes, Evandro Tupã Miri, Cacique Wera Yukumbo.
O Milagre de Santa Luzia
Direção: Sergio Roizenblit
Documentário, cor, 35mm, 104min, SP, 2008
O Milagre de Santa Luzia é uma viagem pelo Brasil que toca sanfona, conduzida por Dominguinhos, principal sanfoneiro vivo do país. Entre encontros acompanhados de muita música e reunindo depoimentos de seus principais instrumentistas, o filme faz um mapeamento cultural das diferentes regiões do país onde a sanfona se estabeleceu.
Siri-Ará
Direção: Rosemberg Cariry
Ficção, cor, 35mm, 90min, CE, 2008
Cioran é um mestiço brasileiro que, depois do exílio na França, resolve voltar ao sertão, em busca da sua origem e da história do seu povo. Por guia, ele toma a figura misteriosa de uma velha índia. O destino de Cioran, que vive um novo exílio na nação real/imaginada, cruza com os guerreiros do reisado e os índios da banda de pífanos, grupos de folguedos dramáticos populares que vagam pelo sertão. Os conflitos entre o Reisado e a banda de pífanos nos remetem à tragédia fundadora do Ceará; quando Dom Pero Coelho, no ano de 1603, em busca do Eldorado, encontra a guerra, a peste, a fome e a loucura. O filme é uma reflexão sobre os encontros e desencontros dos “mundos” que marcam a invenção da nação brasileira.
Elenco: Adilson Maghá, Everaldo Pontes, Erotilde Honório, Juliana Carvalho e Richele Viana.
Tudo Isto Me Parece Um Sonho – Anotacões para realização de um filme inspirado na vida do General José Ignácio de Abreu e Lima.
Conceito e Direção: Geraldo Sarno
Documentário, cor, 35mm, 150min, RJ, 2008
Documentário e ficção se unem para realizar pesquisa sobre a vida do General Abreu e Lima, pernambucano que participou, ao lado de Bolívar, de batalhas que libertaram Colômbia, Venezuela e Peru da coroa espanhola. O filme discute o processo dessa pesquisa e o processo de construção do próprio filme. Dessa maneira, um film
e histórico, biográfico, se entrelaça com um filme sobre o cinema.
A Arquitetura do Corpo
Direção: Marcos Pimentel
Documentário, cor, 35mm, 21min, MG, 2008
Os bailarinos e suas formas. Suas dores. Seus sonhos…
A Minha Maneira de Estar Sozinho
Direção: Gustavo Galvão
Ficção, cor, 35mm, 15min, DF, 2008
Sueco é um jovem na casa dos 20 anos. Não sabe dançar, não sabe flertar, não sabe relaxar. Ele gostaria de ter alguém com quem conversar, mas está sozinho. A não ser por Melissa, a única mulher do mundo capaz de entendê-lo.
Elenco: André Araújo, Silvia Lourenço e Marco Michelângelo.
A Mulher Biônica
Direção: Armando Praça
Ficção, cor, 35mm, 19min, CE, 2008
Um dia da vida e duas lembranças de Marta.
Elenco: Ceronha Pontes
Ana Beatriz
Direção: Clarissa Cardoso
Ficção, cor, 35mm, 9min, DF, 2008
Ana Beatriz e Paulo Roberto ainda não se conhecem, mas foram feitos um para o outro. E desde cedo o dia promete… ser igual a outro qualquer. Filme baseado no conto homônimo de Juliano Cazarré.
Elenco: Juliano Cazarré, Peti Portela e Sérgio Lacerda.
Brasília (Título Provisório)
Direção: J. Procópio
Ficção, cor, 35mm, 15min, DF, 2007
Edu é um curta-metragista com um argumento: a construção de Brasília fracassou, todos abandonaram as obras pela metade e, quarenta e cinco anos depois, um arqueólogo, uma arquiteta e um documentarista fazem uma excursão arqueológica às ruínas da construção. E agora? Como filmar essa porra?
Elenco: Eduardo Moraes, Similião Aurélio, Thiago Fragoso, Nara Faria, Chico Sant’Anna, Delvinei Santos, Sérgio Fidalgo, Allice Bombom e Nonato Dente de Ouro.
Cães
Direção: Adler Paz e Moacyr Gramacho
Ficção, p/b, 35mm, 16min, BA, 2008
Um pai, um filho. Dois pontos de vistas. Um encontro, o encontro.
Elenco: Hilton Cobra, Pisit Mota, Iara Colina, Bertho Filho, Juarez Gomes, Luis Parras, Nathan Marreiro, Widoto Áquila e Jefferson “Neguinho”.
Cidade Vazia
Direção: Cássio Pereira dos Santos
Ficção, cor, 35mm, 13min, DF, 2008
Beto e Bruna, dois adolescentes que vivem no interior de Minas, passam um dia e uma noite perambulando pela cidade. Enquanto Bruna se diverte, Beto tenta levá-la de volta para casa.
Elenco: Rafael Barros, Fernanda Crislley e Adriana Lodi.
Minami em Close-up – A boca em revista
Direção: Thiago Mendonça
Documentário, cor, 35mm, 18min50, SP, 2008
A trajetória da revista Cinema em Close-up, que nos anos 70 tornou-se um sucesso de vendas publicando fotos de atrizes em poses sensuais e de seu editor Minami Keizi, é o ponto de partida para contarmos a história dos filmes da Boca do Lixo e seus personagens.
Na Madrugada
Direção: Duda Gorter
Ficção, cor, 35mm, 21min, RJ, 2008
Na Madrugada nos convida a acompanhar uma noite na vida de Margot. Sofisticada e independente, ela busca superar as lembranças e os fantasmas do passado.
Elenco: Ana Lúcia Torre e Denise Weinberg.
Nº 27
Direção: Marcelo Lordello
Ficção, cor, 35mm, 19min, PE, 2008
O banheiro tá na limpeza – responde, segurando a maçaneta com força. Limpeza? Deixa de conversa, abre logo! Tá na limpeza. Procura outro, por favor. Abre essa porta, eu quero mijar, porra! Meu irmão – hesita – Você pode chamar o coordenador, por favor?
Elenco: Caio Almeida, Diogo Vasconcelos, Felipe Tenório, Lucas Glasner, Wagner Lima, Marcela Gomes, Jorge Queiroz, Carol Araújo, Marília Mendes, Renata Roberta, Alexandre Sampaio e Ana Claúdia.
Que Cavação é Essa?
Direção: Estevão Garcia e Luís Rocha Melo
Ficção, cor, 19min, RJ, 2007
Programa duplo: Um alegre churrasco na estância do Coronel Alexandrão (film do natural, anos 1910) e Complemento Nacional nº 9545: Restaurare (cinejornal, 1974). A sessão começa quando você chega.
Elenco: Cosme Monteiro, Silvia de Carvalho, José Marinho, Érica Collares, Hernani Heffner, Severino Dadá, Luiz Carlos dos Santos, Godot Quincas, Anna Karinne Ballalai, Lizandra Miotto, Thaís Barreto, Luísa Marques, Rodrigo Bouillet, Luiz Carlos Oliveira Jr., Otávio Reis, Antônio Martins de Pinho, Cláudia Gomes, Lúcia Ferreira, Fabián Núñez, Rebecca Ramos, Gilberto Silva Jr., Amanda Vaz, Davi Monteiro, Eduardo Ferreira e Luís Rocha Melo.
Superbarroco
Direção: Renata Pinheiro
Ficção, cor, 35mm, 16min, PE, 2008
A ornamentação na ruína, o escuro no claro, o silêncio na voz, o imóvel na ação.
Elenco: Everaldo Pontes, Neifa Mendonça, Clara Oliveira, Dulce Ana Montenegro, Heleno Lima, João Barbosa, Margarida Lima, Marilene Torres e Thaís Nascimento
A lista com os filmes em 16mm será publicada depois da abertura do festival.
Vou marcar aqui para assistir…
Tenta ver o curta “V.I.D.A.”, é muito bom. É o único da programação que já pude ver.
Oie!
Kau – Essa época do ano é um sonho para quem gosta de cinema por aqui.
Aliás, acho que Brasília tem o maior número de salas de cinema por habitante no país.
Mas ainda não tem a variedade dos grandes centros….
Vivi – Tomara que eu possa acompanhar o Festival de Brasília também!
Alyson – Acho que sim… Hehehehe. Mas o Festival de Brasília é mais tranqüilo, não tem tantos filmes como o FIC.
Eu gostei de Ligeiramente Grávidos mesmo. Não sei porque o povo implica tanto com o filme.
Eu vi lá o top 30! Tô chique demais!
Mim – Eu também! A gente se vê por lá então!
Beijocas a todos
Opa, que beleza… Já tô contando os dias!
\o/
Voltaremos a ter aquelas postagens estântaneas, é?! rsrs…
Vou acompanhar suas criticas, Ceci, que conheci a pouco tempo e não deixo de passar por aqui, visse?!
Ah! E tava demorando pra mim encontrar alguém que tenha a mesma visão sobre “Ligeiramente grávidos”.
Beijo!
P.S: Desta vez um trecho de um texto seu foi exposto no TOP30 do Cine ao Cubo.
pois é Cecilia, o kau tem razão, minina tais bombando!
chiquetérrima uhahuahuahua
bjoooooooooo dear!