Crítica | Festival

Visitante de Inverno

(Visitante de invierno, ESP/ARG, 2007)

Um jovem introvertido e depressivo é levado pela mãe a uma casa de campo. Lá percebe que muitas crianças entram na casa do vizinho, mas não saem depois. Intrigado, começa a investigar o que acontece com elas.

Já na apresentação do personagem começamos a desenhar o filme que veremos logo mais. Afinal, o adolescente problemático e abalado com a separação dos pais não costuma ser raro no cinema e já segue, naturalmente, um caminho conhecido.

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Ainda assim o filme tem algumas qualidades. O terceiro longa do diretor argentino Sergio Esquenazi, famoso por seus curtas Um Pai para Ludwig e Magia, sabe como provocar o espectador e causar agonia com alguns sustos e um som bem perturbador. Algumas sequências tem uma trilha tão constante que causam irritação e, por incrível que pareça, isso não é ruim.

Além disso, a história tem um mote interessante e é curiosa, mas acaba sendo traída pela vontade de contar mais alguma coisa do diretor/roteirista. Personagens completamente desnecessários ganham cenas inúteis só para justificar o uso de sangue cenográfico, diálogos não importantes se repentem para exibição de outros recursos e uma influência muito estadunidense também pode ser notada nas marcações de cena e no uso de ferramentas para cortar correntes.

Com defeitos e qualidades andando sempre juntos, o filme não consegue passar de mediano e se tem um começo mais eficiente, tem um final perdido em meio a histórias secundárias e personagens indiferentes.

Daqueles que podem ser vistos na televisão sem muito prejuízo.

Um Médio Momento

A enfermeira no hospital.

Próxima sessão: 29/06, às 17h (sala 3)

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Suspense/Terror
Direção: Sergio Esquenazi
Elenco: Santiago Pedrero, Sandra Ballesteros, Ana Cuerdo, Diego Alonso Gómez, Pepe Novoa, Rolly Serrano, Ariel Staltari
Roteiro: Sergio Esquenazi
Duração: 95 min.
Minha nota: 5/10

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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