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Algumas mamães do cinema

Como hoje é dia de homenagearmos aquelas que nos trouxeram ao mundo e nos fizeram crescer cheios de carinho e amor, sempre procurando fazer o melhor, mesmo sem a menor noção de como seria o futuro, a lista deste domingo vai especialmente para elas.

Amor de mãe transcende barreiras, é, como realizou Cacá Diegues, O Maior Amor do Mundo, sem comparações e sem pedidos de compensação. Chega no dia em que o pequeno nasce e dura para sempre. Um sentimento tão comum e grande assim não poderia ficar de fora do cinema. Muitos filmes já tocaram no assunto e algumas mães ficaram na nossa memória para sempre.

Entre todas elas vou destacar as dez personagens que me ocorrem assim que falam no assunto. Mas espero que todas sejam lembradas.

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M’Lynn Eatenton, de Flores de Aço (Steel Magnolias)

Nada mais preocupante para uma mãe do que uma filha doente, mesmo depois que ela já for uma adulta. A filha de M’Lynn, Shelby tinha uma doença e não poderia ter filhos, mas tinha esse sonho. A relação das duas antes, durante e depois da gravidez é bem tocante.
Quem deu vida à M’Lynn: Sally Field e Cindy Williams

Donna Sheridan, de Mamma Mia! (Mamma Mia!)

Mesmo com todo amor, carinho e dedicação, existe um momento na vida dos filhos criados só pelas mães em que conhecer o pai biológico passa a ser uma necessidade. Aconteceu com minha filha e também com Sophie, filha única de Donna. A procura pela figura paterna, no caso com três possibilidades, começou escondida da mãe, mas em nenhum momento ela deixou de estar ao lado da filha.
Quem deu vida à Donna: Meryl Streep

Helena Pera, de Os Incríveis (The Incredibles)

Um filho ainda bebê, um pequeno hiperativo e uma adolescente caladona já dariam trabalho suficiente para qualquer uma. Para Helena Pera as coisas ainda se complicam mais pois, além de tudo isso, esta ex-super-heroína optou por viver integralmente uma vida de Amélia depois da aposentadoria forçada e cuidar da casa, das roupas, da comida e aguentar as crises existenciais do marido frustrado.
Quem deu voz à Helena: Holly Hunter

Marge Simpsons, de Os Simpsons (The Simpsons)

Praticamente uma versão 2D de Helena Pera, mas mais amarela e com o cabelo mais azul e mais armado. Marge também vive para a família, mas ainda tem que cuidar do sogro e tentar sobreviver e proteger a família de todas as burradas do seu marido pouco desenvolvido intelectualmente.
Quem deu voz à Marge: Julie Kavner

Elaine Miller, de Quase Famosos (Almost Famous)

E quando o filho resolve que já pode sair por aí vivendo a vida e fazendo o que acha que está certo? Com o coração na mão, as mães ficam em casa o tempo todo com o coração na mão e o pensamento no rebento. Cada notícia é um alívio e mais um desespero. Quando William saiu de casa, ainda adolescente, para cobrir jornalisticamente a turnê de uma banda de rock, Elaine comeu o pão que o diabo amassou.
Quem deu vida à Elaine: Frances McDormand

Edna Turnblad e Prudy Pingleton, de Hairspray (Hairspray)

Tem também aquela mãe que aprende com a filha. Algumas mães esquecem-se de viver para se dedicar a vida de Amélia e outras não conseguem ver além de seus preconceitos e dogmas. Filhos são sempre grandes motivos para vermos tudo pelo lado que costumamos não olhar. Tanto Edna quanto Prudy aprenderam muito mais com suas filhas do que com suas próprias experiências.
Quem deu vida à Edna: John Travolta e Divine. Quem deu vida à Tracy: Allison Janney e Joann Havrilla

Viola Fields, em A Sogra (Monster-in-Law)

Por que será que se fala tanto de sogra? Simplesmente porque faz parte da natureza humana sentir ciúme. Mãe com ciúme do filho, então, é a coisa mais comum que existe por aí. Imagina você criar com todo amor e carinho e, de repente, uma outra pessoa estar “cuidando” de um jeito que você não sabe se vai ser tão bom como o seu. D. Viola, para proteger seu amado filho, chegou quase a matar a futura nora. Pobre Charlotte!
Quem deu vida à Viola: Jane Fonda

Tess Coleman, em Sexta-Feira Muito Louca (Freaky Friday)

Tudo fica bem mais complicado quando os filhos passam dos treze anos. Com tanta coisa para descobrir, tantas experiências, sensações e novidades, fica difícil mesmo administrar. E tudo que a mãe faz pode ser interpretado de maneira completamente diferente para a filha, por isso frases como “você está destruindo minha vida” não são uma exclusividade da jovem Anna para sua mãe Tess. Mas as duas acabaram se entendendo muito mais fácil do que qualquer uma de nós, poir ninguém sai por aí trocando de corpos como elas.
Quem deu vida à Tess: Jamie Lee Curtis

Manuela, em Tudo Sobre Minha Mãe (Todo sobre mi madre)

Como mãe, imagino que não exista dor maior e mais insuportável do que perder um filho. É o que acontece com Manuela que tem que conviver com a dor da perda de Esteban e, para torná-la mais suportável, resolve fazer tudo aquilo que o filho mais sonhava fazer: procura o pai do garoto e dá um jeito de trabalhar para a atriz que ele admirava.
Quem deu vida à Manuela: Cecilia Roth

Ann, de Minha Vida Sem Mim (My Life Without Me)

Também não é nem um pouco fácil saber que você vai partir daqui deixando seus filhos para trás antes de que eles tenham condição de cuidar de suas próprias vidas. Além de saber que você vai perder tudo irremediavelmente e de querer aproveitar o tempo que lhe resta, também tem aquela preocupação de arrumar um modo de resolver a vida dos pequenos da melhor forma possível. Ao saber de seu câncer e fazer a lista das últimas providências Ann, as três primeiras são destinadas às filhas (dizer que as ama milhares de vezes, arrumar uma madrasta que elas gostem e gravar fitas para todos os aniversários, até que elas façam 18 anos).
Quem deu vida à Ann: Sarah Polley

Claro que existem muitas outras mães do cinema que merecem ser lembradas e espero que vocês citem o nome delas aqui.

Fica aqui o meu muito obrigada e meus beijos à minha mais linda mãe do mundo, Lucinha, e um parabéns a todas as mamães, vovós e futuras mamães que lêem o Cenas de Cinema! Todos os dias são de vocês!

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Oie!

    É triste, né, Bruna? Eu quis colocar mães em momentos bem diferentes, sabe?
    Esse deve ser bem difícil! Mas Lado a Lado é uma boa lembrança, só que ainda não vi!

    Realmente, Wally, ela merecia mesmo ser lembrada, mas já tinha colocado a Sally Field nessa posição. De qualquer jeito, valeu a lembrança!

    Beijocas pr’ocês!

  2. Ótima lista! Faltou só a Michaela Odone, talvez a minha mãe preferida, de “O Óleo de Lorenzo”.

    Ciao!

  3. Adorei sua lista de mamães do cinema. E acho a história de Minha Vida Sem Mim tão triste que nunca terminei de ver. Uma história parecida é Lado a Lado, só que bem mais leve.

    Ah.. adoro as listinhas de domingo. Sempre me divirto.

    Beijos.

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