Crítica | Streaming e VoD

Caçada ao Presidente

(Big Game, GBR/FIN/ALE/EUA/FRA, 2014)
Ação
Direção: Jalmari Helander
Elenco: Samuel L. Jackson, Onni Tommila, Ray Stevenson, Victor Garber, Mehmet Kurtulus, Ted Levine, Jorma Tommila
Roteiro: Jalmari Helander, Petri Jokiranta
Duração: 90 min.
Nota: 3 ★★★☆☆☆☆☆☆☆

Não demora muito para se perceber o que virá do longa-metragem Caçada ao Presidente. Depois de um prólogo que introduz a trama de Oskari e sua preparação para o ritual de amadurecimento, a música que embala os créditos iniciais já entrega o tom ufanista do longa. Mesmo que dirigido por um finlandês, Jalmari Helander, o filme não deixa nada a dever para os genéricos americanos de presidente em perigo.

E isso não está só nas escolhas estéticas e no roteiro, assinado pelo próprio diretor e baseado em um argumento dele e de Petri Jokiranta. O elenco também vem recheado de nomes conhecidos, com Samuel L. Jackson (Pulp Fiction) como o presidente americano e sua corte formada por Ray Stevenson (Thor), Victor Garber (Argo), Felicity Huffman (Mãe e Muito Mais) e Jim Broadbent (Moulin Rouge). Como toda história de atentados contra presidentes, nada é o que parece e uma rede de traições está por trás de tudo.

Embora a trama política ocupe muito espaço do filme, é no encontro de duas histórias completamente distintas – o ritual de passagem de fase do jovem caçador e o atentado ao presidente – que a trama consegue se tornar algo original. Não que isso mude muita coisa quanto à qualidade daquilo que se vê, mas garante alguns momentos de diversão na interação entre os dois.

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Depois de todo o exagero e canastrice dos dois começos, o momento do encontro dos é divertido pela forma como lembra um inusitado filmes de extraterrestres dos anos 1980. A cápsula, a iluminação, o primeiro contato remetem para um lado divertido que faria muito bem se estivesse mais presente no longa.

Porém, ainda que não abandone o humor, com um Samuel L. Jackson que consegue se inspirar até com o pior dos papéis que tem nas mãos, Caçada ao Presidente quer mesmo é mostrar poder de fogo, ou de flecha, já que menores não carregam armas de maior potencial ofensivo. Alternando entre a sala do pentágono onde o vice-presidente está reunido com especialistas e a floresta onde os vilões caçam o presidente e o menino, o filme passeia pela artilharia, desde pistolas a lança-mísseis de alto alcance, passando por fuzis e afins.

E ainda tem helicóptero, quadriciclo, muita explosão, ejeção e um freezer. Tudo acompanhado por uma trilha sonora que toma conta de tudo e indica os próximos passos. Não que isso seja um problema, pois todo mundo já sabe quais seriam eles. Agora, não precisava tanta pose.

Um Grande Momento:
A cápsula.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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