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Guardiões da Galáxia Vol. 2

(Guardians of the Galaxy Vol. 2, EUA, 2017)
Ação
Direção: James Gunn
Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, Michael Rooker, Karen Gillan, Pom Klementieff, Sylvester Stallone, Kurt Russell, Elizabeth Debicki, Chris Sullivan, Tommy Flanagan, Laura Haddock
Roteiro: Dan Abnett, Andy Lanning (quadrinhos), Steve Englehart, Steve Gan, Jim Starlin, Stan Lee, Larry Lieber, Jack Kirby, Bill Mantlo, Keith Giffen (personagens), James Gunn
Duração: 136 min.
Nota: 7 ★★★★★★★☆☆☆

Quando os Guardiões da Galáxia apareceram pela primeira vez nas telonas tinham a seu favor o fato de nunca terem sido do mainstream da Marvel. A criação do grupo (não a equipe dos anos 1960, mas a 2008), ainda nos quadrinhos, unia personagens criados em histórias aleatórias para deter a invasão do planeta Kree, ou seja, não eram personagens com carreiras solo famosas e nem sempre estiveram unidos.

O desconhecido fez com que o público chegasse à sala de cinema sem cobranças de fidelidade ou previsões de comportamento dos personagens. Somou-se a isso um roteiro inspirado e divertido, excelentes efeitos visuais e uma trilha sonora de primeira qualidade, o resultado foi um sucesso de crítica e bilheteria.

Para Guardiões da Galáxia Vol. 2 o cenário é bem diferente, o público sabe quem são os personagens e vai chegar à sala cheio de expectativas. Como a expectativa é a principal inimiga de um filme, o novo longa-metragem da Marvel fica devendo bastante ao título anterior. Mas nem por isso deixa de ser divertido e cheio de boas surpresas.

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A história gira em torno da descoberta do passado de Quill depois que ele recebe uma ajuda inesperada para livrá-lo de mais uma confusão causada por um de seus companheiros de grupo. Além da história obscura do Senhor das Estrelas, James Gunn recheia seu roteiro com várias outras questões a serem resolvidas, voltando ao passado de Youndu e das irmãs Gomora e Nebula.

Além disso, aproveita-se do carisma do bebê Groot e das tiradas de Drax e de sua nova companheira de jornada, tornando o filme menos sentimental e mais parecido com o que dele se esperava. A sensação também vem com os efeitos especiais, maquiagens e, claro, a trilha sonora com Sam Cooke, Fleetwood Mac e George Harrison, entre outros clássicos. Tudo milimetricamente calculado para provocar o sentimento desejado. Que o diga a canção de Cat Stevens.

Porém, é na intensidade e na quantidade de passagens sentimentais que o longa se perde, afastando-se do equilíbrio e comprometendo o ritmo de algumas passagens. Mas nada que a próxima sequência de ação não resolva rapidamente.

Inconstante, mas divertido, Guardiões da Galáxia Vol. 2 cumpre seu papel de entretenimento e mantém a Marvel na frente da corrida por bons filmes de super-heróis. A única preocupação é com um dos personagens, que pode trazer de volta um quarteto que nunca consegui dar certo nas telonas.

Sobre cenas pós-créditos, aqui elas são três.

Um Grande Momento:
Taserface.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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