- Gênero: Animação
- Direção: Juliette Laboria
- Roteiro: Juliette Laboria
- Duração: 7 minutos
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A natureza em seu equilíbrio. As abelhas são parte importante desse processo. Elas buscam o pólen nas flores, que quase invisível vai pelo vento e poliniza aquela planta e outras plantas, isso gera novas plantas, novas flores, novas frutas. Isso se multiplica, tudo fica colorido e lindo. Como na animação em monotipia Pragas, de Juliette Laboria, onde o alimento produzido por esses barulhentos e agitados insetos serve para o piquenique de alguns adolescentes tão inquetos quanto elas.
O nome do curta poderia se referir aos minúsculos seres amarelos e pretos, mas na verdade está falando daqueles humanos que, como todos os outros, não sabem como se relacionar com a natureza. Em apenas 7 minutos, a diretora mostra como se estabelece a interação entre essas duas espécies. Primeiro com a apropriação, depois com a tentativa de coexistência. Não demora para que a tensão se estabeleça e a maldade do ser humano seja mostrada de forma literal, assim como o retorno das ações.
Pragas é marcado pelo jogo de cores e sons. Zumbido, gritos, outros ruídos e a trilha de Jérémy Ben Ammar deixam tudo mais angustiante e amplificam os sentimentos dos espectadores que, nesse momento, já sabem onde aquilo pode chegar, em especial porque aquilo que está em tela é uma representação metafórica da questão ambiental, onde não existe qualquer respeito pela natureza e as ações, além de cruéis e desmedidas, levam, fatalmente, ao mesmo resultado.
Curto e direto, Pragas num primeiro momento confunde e brinca com o espectador, mas é incisivo em sua mensagem, além de impressionar com sua técnica e qualidade artística. O que fica dele é a raiva e a indignação com aquilo que se vê por sua conexão com a atualidade, tanto pela terrível realidade das abelhas em risco real como pela situal global do meio ambiente.
Um grande momento
Quem queima no final