- Gênero: Comédia
- Direção: Matheus Souza
- Roteiro: Matheus Souza, Thuany Parente, Mariana Zatz
- Elenco: Larissa Manoela, Karine Teles, Victor Lamoglia, André Luiz Frambach, Kevin Vecchiato, Caroline Dallarosa, Thuany Parente, Cazé Pecini
- Duração: 95 minutos
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Faz algum tempo que Larissa Manoela não dava as caras nos cinemas. Depois de uma novela e várias produções via Netflix, ela está de volta com um candidato a hit de fim de ano, Tá Escrito, e busca fazer as pazes com o sucesso nas telonas. Após 6 anos longe, tenta voltar a números parecidos com os de seu maior sucesso e última produção, Fala Sério, Mãe!, que bateu os 3 milhões de espectadores em 2017, quando nosso cinema protagonizava histórias de sucesso em sequência. A realidade agora é outra, mas todo o circuito está na expectativa justamente dela para produzir um sucesso portentoso. O que vemos em tela é mais um título que parece pré-programado, mas do talento da cada vez melhor jovem atriz conseguimos extrair um sumo de qualidade.
O capitão do novo é Matheus Souza, um jovem cineasta que estreou no cinema aos 20 anos (Apenas o Fim) e, hoje, quinze anos depois, é mais um da trupe “lancei dois filmes em 2023” – o outro foi um dos primeiros lançamentos do ano, A Última Festa. Apesar dos 35 anos de idade, Souza continua se comunicando majoritariamente com jovens, e embora pareça incongruente que ele não esteja atrás de um filme independente, Tá Escrito se comunica em absoluto com sua filmografia pregressa. Faz muito sentido que ele seja o diretor de um filme estrelado por alguém que cresceu na frente das câmeras, e tem sua vida constantemente devassada. A leveza com a qual sua carreira cinematográfica é construída reflete não apenas a idade da atriz, mas uma forma pouco radical de manter uma espécie de identidade própria.
Não raro, os filmes estrelados por Manoela são, exclusivamente, sobre si mesma, ou melhor, a personagem que ela interpreta. Esse desafio autocentrado não prejudicam os demais atores, mas sobrecarrega de importância apenas ela, cuja sombra sobre os outros não é percebida porque ela sempre se cerca dos melhores elencos. Tá Escrito é mais um novo filhote de sua filmografia onde o que está em seu entorno não consegue ter espaço para oxigenar o filme, parecendo que na verdade a atriz cerceasse as condições de preparação. É uma feliz coincidência que a trama do filme gire em torno dos caminhos do destino, e se ele é conseguido independente. No fundo, é apenas mais uma comédia romântica banal, que poderia estar sendo produzida em qualquer país.
O melhor filme estrelado por Manoela continua sendo Fala Sério, Mãe!, dirigido por Pedro Vasconcelos, escrito por Dostoiewski Champagnatte sobre um original de Thalita Rebouças e seu melhor veículo como atriz. Em Tá Escrito, ela continua mostrando que sua estrela não brilha à toa, e que seu status de promessa continua se cumprindo. O filme, no entanto, não representa nenhum desafio para ela, e o espaço que ela tem para distribuir carisma é aproveitado cena a cena. Mesmo com a ideia interessante envolvendo o fantástico como porta de entrada para a resolução dos problemas, temos a impressão de que esse filme “cheio de magia” não só já foi feito antes com um detalhe ou outro diferente, como está sendo muito feito nesse momento.
Manoela, no entanto, mais uma vez entende o acréscimo que é contar com excelentes profissionais à sua volta, com quem bata a bola muito bem. André Luiz Frambach é um ótimo jovem ator e Victor Lamoglia (que já tinha trabalhado com Souza em Me Sinto Bem com Você) ainda não nos cansou com sua onipresença, até porque é extremamente talentoso também. Mas nenhum deles é páreo para a participação cheia de brilho como a de Karine Teles. Já dona de um currículo invejável, e atuações já icônicas como as de Riscado e Benzinho, ela não tem nada a fazer aqui a não ser se divertir, provar uma leveza insuspeita e mostrar porque sua versatilidade não precisa ser posta à prova. No papel da mãe da protagonista, Teles rouba a cena certinha ou amalucada, e sua química com a estrela é palpável. A cereja do bolo no elenco, no entanto, atende pelo nome de Cazé Pecini; ele mesmo, o ex-VJ da MTV prova que é um atorzaço no pouco tempo que tem em cena, em momentos marcantes.
Mais um produto destinado ao grande público, Tá Escrito foi feito pensando no fã de Larissa Manoela, e é para quem aprecia seu carisma que o filme mais irá funcionar. Ao público em geral, uma comédia romântica pós-teen não incomoda ninguém nem provoca fúria em massa. O resultado desse filme de encomenda para todos os envolvidos (incluindo o espectador) é daquelas massas já feitas e já provadas, que estamos comendo mais uma vez, e cujo sabor não cansa de ser testado.
Um grande momento
A mãe na piscina
Filme horrível, não destinado ao público infantil com cenas de sexualidade adulta , conteúdo fútil.
Um dos piores filmes que assisti. Alguns comentários que vi dizem que é para ir com a família. Por favor não levem seus filhos para ver um desastre desses. Nada se aproveita e não consegue trazer uma mensagem positiva para os adolescentes…