- Gênero: Romance
- Direção: Bradley Walsh
- Roteiro: Brigit Stacey, Rick Garman
- Elenco: Jessy Schram, Niall Matter, Lucas Bryant, Ted Whittall, Zach Smadu, Tommie-Amber Pirie, Chris Handfield
- Duração: 84 minutos
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Sabe aquele filme que só existe para que a gente desligue a cabeça e passe os próximos minutos sem pensar em nada? A Nossa Canção de Amor, estreia da semana no Telecine, é exatamente o modelo de produção despretensiosa que segue fórmulas prontas de romances fáceis e são muitas vezes recicladas e reprisadas. Nada que surpreenda para uma algo com o selo Hallmark Channel, que o telefilme carrega com orgulho.
Para quem não conhece a logística do canal, vale explicar que ele tem selos definidos onde encaixa formatinhos de roteiro e um casting fixo contratado. Seus maiores sucessos são aqueles filmes de Natal que a gente vê no período das festas, geralmente do selo “Countdown to Christmas”. Jessy Schram (a Cinderela de Once Upon a Time) e Niall Matter são rostos conhecidos do catálogo, têm uma filmografia extensa na emissora e se encontraram agora nesse água com açúcar musical da coleção “A little romance”.
A história lembra o fofo Letra e Música, com Drew Barrymore e Hugh Grant, onde os dois protagonistas compõem uma música para uma diva da música pop apresentar num show gigante, mas também tem pitadas de qualquer outro filme onde uma aspirante a cantora pula de teste em teste para tornar-se famosa, sem toda aquela parte terrível de dramas mais pesados — outra marca registrada do canal é que nunca há nada muito terrível em seus títulos. Em A Nossa Canção de Amor, o compositor Grady Connor precisa escrever uma canção para seu desafeto, um grande astro da música country, e acaba esbarrando com o da aspirante a cantora Shayna Judson. Não é preciso dizer mais nada, não é mesmo?
O que se vê segue um caminho pré-estabelecido, mas aqueles que estão diante da televisão, sabem muito bem disso. Desde os personagens principais até aqueles mais coadjuvantes, não há ninguém que fale algo inesperado, e por mais que a trama seja previsível, Schram e Matter ainda conseguem encontrar carisma para fazer a troca de olhares funcionar aqui e ali. De resto, tudo é igual ao que se viu no filme ao lado, a casa da fazenda, a feira, as barracas de jogos, as caminhonetes gigantes, o caminhão do astro e até o hotelzinho da cidade deixam sempre uma impressão de lugares que já vimos muitas vezes antes.
O que diferencia um pouco A Nossa Canção de Amor são as músicas — não tanto, já que elas se repetem dentro do próprio filme — e os números musicais. Schram, que esteve na série Nashville como Cash, se sai bem, e Matter se esforça para acompanhar, embora seja visível como se sente intimidado. Mas os dois até que funcionam juntos, seja cantando ou não, e fazem com que a gente espere o final. E Hallmark segue com sua fábrica aberta produzindo em série filmes que são só bonitinhos, mas que funcionam muito bem para quando a gente quer passar o tempo sem pensar em nada.
Um grande momento
A canção que vira uma história