Crítica | Streaming e VoD

A Feiticeira

(Bewitched, EUA, 2005)

Direção: Nora Ephron

Elenco: Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine, Michael Caine, Jason Schwartzman, Steve Carrell

Roteiro: Nora Ephron, Delia Ephron, Sol Sacks (série de TV)

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Duração: 102 min.

Depois de assistir ao filme pela terceira vez, ainda me pergunto: por que tanta raiva dele? Tudo bem que a série de televisão era muito melhor e deixou tanta saudade que até hoje é reprisada. Mas fica bem claro que o filme não é uma refilmagem e que a intenção foi homenagear a bruxinha de antigamente.

Eu confesso que era fã de carteirinha da série e corria para sentar no sofá toda vez que ouvia a musiquinha da abertura. Como muita gente, conhecia todos os personagens e morria de rir com Endora e a vizinha chata. Esse foi o principal motivo pelo qual ignorei a presença do filme nos cinemas e deixei para assistir quando saísse em dvd.

Ferrell, apesar de continuar exagerado, pela primeira vez na vida, não me irritou tanto (desde que assisti ao filme O Âncora, fiquei meio traumatizada) e Kidman está uma gracinha como a bruxinha que quer ter uma vida normal.

O filme conta a história de um ator decadente que resolve investir num antigo sucesso da TV para tentar se manter sob os holofotes. A série escolhida é A Feiticeira, e Kidman acaba ganhando o papel principal. Caine e MacLaine também dão um charme todo especial ao filme.

É claro que não é nenhuma pérola do cinema, mas é um filminho bonitinho e que cumpre a função de divertir os espectadores. Alguns diálogos são desnecessários e, por várias vezes é difícil reconhecer a habilidade de Ephron para comédias românticas. Por outro lado, a trilha sonora foi muito bem escolhida e existem momentos bem divertidos.

A crítica e a audiência receberam tão mal a produção que ela foi indicada ao Troféu Framboesa em várias categorias, chegando a ganhar o prêmio de pior casal do ano. Eu, particularmente, achei a rejeição exagerada. Tem muita coisa pior por aí…

Para saudosistas que não exigem que tudo seja exatamente igual ao original e para aqueles que gostam de comédias românticas bobinhas.

Um Grande Momento

O Halloween.



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão em negrito)

Troféu Framboesa: Pior Direção, Pior Ator (no mesmo ano, Ferrell foi indicado por este filme e por Papai Bate um Bolão), Pior Casal, Pior Roteiro, Pior Refilmagem

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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