Durante coletiva virtual, Jerry Bruckheimer, Kerry Condon e Damson Idris falaram sobre os bastidores e o impacto de F1: O Filme, dirigido por Joseph Kosinski e estrelado por Brad Pitt. O longa, que mistura ação, drama e realismo técnico, levou o trio a refletir sobre a experiência de filmar em circuitos reais e sobre o desafio de equilibrar adrenalina e emoção.
Bruckheimer, produtor do longa, destacou que o compromisso com a autenticidade foi essencial desde o início. “Se você vai fazer um filme sobre Fórmula 1, tem que fazer de verdade”, disse. As filmagens aconteceram em nove circuitos oficiais. “Brad e Damson treinaram por meses, começaram com carros da F4, depois F2, até chegar ao modelo do filme. Eles realmente dirigiram nos autódromos, entre os treinos e as classificações. Tivemos apenas seis minutos para filmar uma das cenas mais importantes, no grid real de Silverstone”, contou.
Kerry Condon falou sobre o aprendizado e a energia de filmar em locais tão diversos. “Era um desafio, mas sempre divertido. Cada circuito trazia um clima diferente. Filmamos em Abu Dhabi, por exemplo, e tivemos que dividir a gravação entre o dia, o pôr do sol e a noite. Essa logística fazia tudo parecer uma grande aventura”, lembrou. A atriz também destacou como o trabalho em equipe reforçou o espírito da produção: “A gente se sentia mesmo como uma equipe de Fórmula 1, viajando juntos, apoiando uns aos outros. Essa conexão aparece no filme.”
Damson Idris ressaltou que a vivência no ambiente das corridas foi transformadora. “Estar entre os pilotos, sentir a vibração das multidões, foi inacreditável. Eu vinha do teatro, então a energia ao vivo me lembrou esse sentimento. Aprendi com Lewis Hamilton e outros pilotos sobre os rituais e a concentração necessária antes de cada corrida. Tudo isso moldou meu personagem”, contou.
O ator também comentou sobre o equilíbrio entre fama e propósito, tema central de seu papel. “Joshua quer vencer e fazer a mãe orgulhosa, mas o filme mostra que o verdadeiro foco precisa ser o amor pela corrida. Isso é algo que levo comigo na vida real.”
Para Bruckheimer, o sucesso do filme está no realismo e na emoção que transmite. “É o filme esportivo de maior bilheteria da história e o maior sucesso da carreira do Brad Pitt. Ninguém esperava isso, mas acho que o segredo é que ele é um filme sobre redenção, sobre acreditar de novo.”
A trilha sonora, que mistura Hans Zimmer e artistas como Ed Sheeran, Doja Cat e Burna Boy, também foi pensada para intensificar a experiência sensorial. “O som dos carros, a multidão, a música, tudo foi projetado para ser visceral”, disse o produtor.
No encerramento da coletiva, os três relembraram seus momentos favoritos. Para Bruckheimer e Idris, o destaque foi Silverstone. “Foi mágico. Eu estava no grid com os pilotos reais, cantando o hino, com 400 mil pessoas ao redor. Foi surreal”, contou o ator. Já Condon preferiu Abu Dhabi: “Era o fim da temporada, o clima era de celebração. Filmamos o final do filme durante o final real da temporada. Era vida e ficção se misturando.”
Com o sucesso de público e crítica, uma sequência já é cogitada. “Estamos conversando sobre ideias com Lewis Hamilton. A história ainda tem muito combustível para queimar”, adiantou Bruckheimer, encerrando com humor: “E desta vez, talvez deixem o Damson ganhar uma corrida.”


