Crítica | Outras metragens

Paiol

Visto em DVD(Paiol, BRA, 2008)

Documentário/Curta-metragem

Direção: João Marcelo Gomes

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Pesquisa: Luciana Paes

Duração: 15 min.

Minha nota: 7/10

Vi o curta Paiol pela primeira vez durante o Festival Internacional de Brasília 2008 e, embora tenha achado a história contada bem interessante, na exibição, algo aconteceu com o som e isso atrapalhou muito a minha avaliação do curta.

Em 27 de dezembro de 1971, ainda sob a anticultura da ditadura militar, o teatro Paiol foi inaugurado em Curitiba, com um belíssimo show de Vinícius de Moraes, Toquinho e o Trio Mocotó. Montado em um antigo paiol (local onde ficam armazenados munições), o teatro merece destaque por sua estrutura circular e que permite uma interação muito maior entre o artista e o público.

A história do local é contada por músicos, críticos culturais, jornalistas e pessoas importantes na construção e na manutenção desta espécie de arena que já foi palco de vários acontecimentos culturais, ao diretor João Marcelo Gomes em seu documentário.

No curta vemos que além de vários dos maiores nomes da música popular brasileira, também passaram por lá personalidades da política e da televisão. Muitos dos compositores paranaenses também ficaram mais conhecidos em projetos desenvolvidos nesta arena.

O valor histórico do filme é inegável e a qualidade técnica também. O som, diferente do que eu vi no festival, é perfeito e muito bem cuidado. A trilha sonora original de Indioney Rodrigues, que ficara meio abafada na primeira projeção, acompanha o tom solene do filme, mas por vezes se torna um pouco cansativa.

O padrão seguido para as entrevistas é aquele tradicional de documentário, o que pode não agradar a todos, mas o tom informal pode amenizar os efeitos.

Um documento que merece ser conhecido. Aqueles que não gostam de filmes de não-ficção podem não gostar, mas deviam tentar.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Vale a pena, Vinícius! Pena que seja tão difícil ver curta-metragens aqui no Brasil.

  2. Parece ser muito interessante. Se tiver oportunidade algum dia, certamente verei esse curta.

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