Saiu hoje o resultado do Festival de Cinema de Cannes, um dos mais cobiçados e concorridos festivais da sétima arte.
Neste ano, dois filmes brasileiros concorreram à Palma de Ouro, mas o prêmio ficou com o filme francês Entre les murs, do diretor Laurent Cantet.
O prêmio de melhor atriz ficou em mãos brasileiras, Sandra Corveloni que, apesar de ser estreante, conquistou o júri com sua atuação no filme Linha de Passe. Ela foi a única do elenco que não pôde estar presente à cerimônia, mas foi representada por Daniela Thomas e Walter Salles, diretores do longa.
Outro brasileiro premiado no festival foi o diretor Bruno Bezerra e seu filme Muro. Assinando a direção com o pseudônimo de Tião, o pernambucano levou o prêmio Um Novo Olhar (Un Regard Neuf), categoria destinada às produções ainda mais alternativas.
Confira abaixo a lista de todos os premiados, em todas as categorias.
Palma de Ouro: “Entre les murs”, do francês Laurent Cantet
Grande Prêmio do Festival: “Gomorra“, do italiano Matteo Garrone
Prêmio do Júri: “Il Divo”, do italiano Paolo Sorrentino
Melhor Atriz: Sandra Corveloni (“Linha de passe“)
Melhor Ator: Benicio del Toro (“Che”)
Melhor Diretor: Nuri Bilge Ceylan (“Üç Maymun”)
Melhor Roteiro: Jean-Pierre e Luc Dardenne (“O silêncio de Lorna“)
Palma de Ouro para Curta-metragem: “Megatron”, Marian Crisan
Menção especial para Curta-metragem: “Jerrycan”, Julius Avery
Câmera de Ouro: “Hunger”, Steve McQueen
Menção especial: “Ils mourront tous sauf moi”, Valeria Gaï Guermanika
Prêmio especial do 61º Festival de Cannes: Catherine Deneuve (“Um Conto de Natal”) e Clint Eastwood (“A Troca“)
Mostra Un Certain Regard
Un Certain Regard: “Tulpan”, Sergey Dvortsevoy e “Wolke 9”, Andreas Dresen
Prêmio Hope: “Johnny mad dog”, Jean-Stéphane Sauvaire
Prêmio Knockout: “Tyson”, James Toback
Prêmio do Júri: “Tokyo sonata”, Kiyoshi Kurosawa
Cinéfondation (Média Metragem)
Primeiro prêmio: “Himnon”, Elad Keidan
Segundo prêmio: “Forbach”, Claire Burger
Terceiro prêmio: “Stop”, Jae-Ok Park, e “Kestomerkitsijät”, Juho Kuosmanen
Semana da Crítica (Jornalistas)
Grande Prêmio da Semana da Crítica: “Snijeg”, Aida Begic
Prêmio da SACD (Sociedade dos Autores Compositores Dramáticos): “Moscow Belgium”, Christophe Van Rompaey
Grande Prêmio Canal+: “Next floor”, Denis Villeneuve
Prêmio OFAJ/TV5LIMPE da (Toute) Jeune Critique: “La sangre brota”, Pablo Fendrik
Quinzena dos Realizadores (Independentes)
Prêmio Un Regard Neuf: “Muro”, Tião (Bruno Bezerra)
Prêmio Regard Jeunes: “Eldorado”, Bouli Lanners
Prêmio da CICAE: “Blind Loves”, de Juraj Lehotsky
Prêmio SACD: “Les Bureaux de Dieu”, de Claire Simon
e põe qualidade nisso Ceci!
abraços
Oi, gente!
Que saudade de todos! Estou voltando hoje para a nossa terrinha depois de uma temporada ótima e gelada em terras portenhas.
Claro que dei uma pausa no blog, né? Era muita coisa para ver e fazer. Mas também fui aos cinemas, então logo, logo mais comentários por aqui.
Johnny, também sempre fico de olho neste festival, é muito mais confiável do que o famoso Oscar em termos de qualidade cinematográfica.
Robson, eu também achei muito interessante, mas imagine quantos não existem por aí que nunca tiveram esta oportunidade que ela teve…
Pablo, concordo com você! É no teatro que está a maior força das interpretações brasileiras. A maioria dos grandes nomes do cinema vem direto dos palcos nacionais, com raras excessões, é claro!
Gustavo, é mesmo muito bom. Eles merecem, ainda mais por trabalharem em um lugar onde a cultura não está nos primeiros lugares.
Ygor, muito obrigada! Acho que Cannes já foi melhor, mas ainda é um dos grandes festivais do cinema.
Rê, obrigada pelo mimo… Você sempre lembrando de mim, né?
Pedro Henrique, já que ia dar a Jolie, por que não de olhos bem abertos para apreciar a beleza? hehehe. Estou ansiosa para conferir a performance da Sandra.
Marcel, bem lembrado. Todo mundo só anda falando da Sandra, mas o Tião (ou Bruno) também está de parabéns, né? Eu também não esperava o resultado.
Miriam, isso aumentou muito a minha curiosidade para conferir o filme. Vamos ver, né?
Jacques, coitada da Cartaxo. Acho que o problema dela foi mais por inadequação com o mercado de beldades do que por incompetência da atriz. 16060 é uma boa prova disso. Quanto a Blindness, parece que é um filme difícil, não? Uns amam e outros odeiam. Estou curiosa.
Marcus, também fiquei muito feliz com a premiação. Nosso cinema merece.
Hugo, adorei o convite e já estou aqui pensando na frase. Logo, logo, posto por aqui.
Ibertson, eu também fiquei muito feliz por ela e, como já disse antes, estou curiosíssima para ver o filme.
Beijocas a todos!
Belas premiações nesse festival tão badalado.
Fiquei feliz pela Sandra.
Cecília,
No meu blog tem um convite para você participar de um desafio interessante.
Bjos
Agora é esperar que esses filmes cheguem aqui no país o que normalmente demora. Boa surpresa essa da Corveloni, bom ver o país nos premiados, hehe.
Bjos!
Cecília, esperemos que não tenhamos uma nova Cartaxo, cuja carreira cinematográfica teve vida curta. Não me parece ser o caso, pois Corveloni já possui raízes fortes no teatro, sendo, além de atriz, diretora do grupo Tapa. No caso do filme brasileiro, Blindness, que saiu com as mãos abanando, esperemos que tenha boa carreira na América, onde teve boas críticas, ao contrário da Europa. Abcs
Realmente fiquei admirada pelo fato de uma brasileira em um papel secundário ganhar da Angelina Jolie.
Beijos
rEALEMNTE ACHO CANNES UM REAL TERMOMETRO DO CINEMA…
AH VCS ESTÃO LINKADO NO MOVIMENTO ABRAÇOS
muito surpreso com a conquista da brasileira, como todos, eu acho que ninguém esperava. mas enfim, fiquei muito feliz, e também com o Bruno, ou Tião.. =D
Eu fechava os olhos e dava o prêmio para a Angelina Jolie, mas fiquei feliz pela Sandra.
Abraço!
Tem um mimo pra vc no Ambiente e Etc: http://ambientetc.blogspot.com/2008/05/mais-um-mimo.html
bjs
Valeu pela cobertura… e parabens a sandra!!!
Sem dúvida nossos representantes cinematográficos impressionaram os jurados e fizeram bonito. Nós temos grandes artistas, e é sempre bom ter isso reconhecido, seja aqui ou internacionalmente.
Cumps.
Fiquei muito satisfeito com o resultado de Cannes! A brasileira premiada é a melhor surpresa, certamente… Estou confiante de que com o apoio e divulgação necessários, poderemos ter Sandra como a estrangeira do ano no Oscar de Melhor Atriz.
Isso mostra que a boa e velha formação teatral ainda tem seu grande valor.
Abraço,
Pablo
http://cadeorevisor.wordpress.com
um fato que me deixou no mínimo curioso em relação a Sandra, foi ela nunca ter feito um longa nem tampouco ter feito TV, num país onde as novelas dominam sempre. Muito bom, estou curioso pra ver Linha de Passe.
Assim, encaro Cannes como indicador de bons filmes, não fico torcendo, porém acompanho repercusões … agora vamos ver quando chegar nos cinemas se eles realmente merecem o mesmo reconhecimento que aconteceu na bela cidade francesa …