(The Princess Switch: Switched Again, EUA, 2020)
Entre os títulos de Natal que vão invadir a temporada chega A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura, sequência da comédia romântica com Vanessa Hudgens vivendo as sósias, uma princesa e uma confeiteira, que trocam de vidas por alguns dias. Como em outras continuações como Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você ou A Barraca do Beijo 2, o próprio filme se encarrega em fazer um prólogo com uma ambientação da história. Aqui, não é diferente, conhecemos o final e o começo dessa nova história da princesa Stacy De Novo, seu príncipe Edward, seus melhores amigos Kevin, a quase rainha Lady Margaret e a sempre fofa Olivia.
Variação de mais uma obra inspirada no clássico de Mark Twain, “O Príncipe e o Plebeu”, a continuação, assim como seu anterior, é mais um dos títulos do mago das produções natalinas Brad Krevoy, várias delas de muito sucesso na própria Netflix, como a franquia O Príncipe do Natal. A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura não traz nada diferente do que se espera dele, toda a pompa e circunstância de uma história de realeza, muito romance idealizado e aquele toque natalino cheio de esperança, verde e vermelho.
Não satisfeita com a trama das duas sósias no filme anterior, nesta nova história, que dessa vez se passa Montenaro, onde Margaret precisa assumir o trono inesperadamente, agora Hudgens aparece com uma nova personagem, uma prima completamente descolada que assume o lugar que era mal preenchido no filme anterior pelo estabanado e desacreditado, mas ainda assim fofo, Frank. Tudo é exagerado e caricato, feito sem preocupação em causar grandes desafios intelectuais. O único interesse é divertir e contar uma história bonitinha e agradável para o Natal.
O filme de Mike Rohl apela para o impressionante, não só do amor romântico, mas da pompa e do glamour grandioso da realeza que fazem parte do imaginário tanto quanto o outro. Palácios finamente decorados para as festividades de fim de ano, grandes bailes e concertos majestosos confundem-se com vilas, e feiras prontas para o Natal. Todo o ambiente destaca amores que não conseguem se concretizar por dificuldades de comunicação, intrigas bobas, tramas atrapalhadas do trio abobado de vilões e A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura segue sem causar grandes danos, mas também sem surpreender muito.
Dentre as surpresas do filme está Vanessa Hudgens. Se isso era algo que pouco se percebia no anterior, na interpretação das duas personagens, aqui, com a entrada em cena de Fiona, alguns momentos trazem um molho diferente. Há uma passagem específica, quando a personagem tenta se livrar de Kevin em que a atriz está muito bem, por exemplo. O resto do elenco, porém, ainda está num lugar muito pré-determinado, limitado. São roteiros muito restritos. Aliás, tem muita coisa nesses filmes que poderiam ser evitadas, como esse negócio de palmas em pedidos de casamentos, né?
Mas é isso, mas um enlatado temático que não faz muito esforço para ser muito diferente, ainda que misture alguns elementos. Dentro de uma pegada tradicional, divertindo aqui e ali, causando alguns suspiros, é apenas mais um filme de Natal que cumpre sua missão de ser visto sem que dele se espere mesmo muito mais do que isso. Tem questões, é claro, principalmente por reforçar esse ideal do inatingível, por destacar o irreal, mas se o Natal é mesmo uma grande fantasia e é vendido assim há séculos, não há muito que se possa esperar em sentido contrário nessa nova aventura.
Um grande momento
A equipe de resgate