- Gênero: Comédia
- Direção: Alex Hardcastle
- Roteiro: Andrew Knauer, Arthur Pielli, Brandon Scott Jones
- Elenco: Rebel Wilson, Angourie Rice, Mary Holland, Molly Brown, Sam Richardson, Zaire Adams, Zoe Chao, Ana Yi Puig, Justin Hartley, Tyler Barnhardt, Jade Bender, Chris Parnell, Avantika
- Duração: 111 minutos
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E temos a mais nova comédia de passagem de tempo na Netflix, agora estrelada pela comediante Rebel Wilson. De Volta ao Baile, de Alex Hardcastle, não é um filme de volta no tempo como Quero Ser Grande ou De Repente 30, mas é como se fosse, já que a protagonista, Stephanie, passou os últimos 20 anos em coma. De uma hora para outra, ela deixa de ser uma adolescente e torna-se uma mulher de quase 40 anos, e, para complicar, em um outro século.
Quem nos conta sua história é a própria, em uma live no Instagram. Assim descobrimos que ela era a menina australiana que chegou nos Estados Unidos e fazia parte do grupo dos excluídos. No eterno modelo hughiniano de filmar a high school, ou nosso ensino médio, com suas atualizações, lá estão as cheeleaders, o garoto mais bonito da escola, os nerds, o baile de formatura e, claro, a disputa pela rainha da noite. Junto com tudo isso, a vontade de Stephanie de ser aceita e tornar-se a mais importante pessoa do lugar. Com suas revistas Capricho e muita dedicação, ela consegue tudo o que quer.
Há um humor fácil em De Volta ao Baile, já que apenas as mudanças tecnológicas e de costumes com a passagem do tempo são suficientes para fazer rir. Há muitas coisas que se transformaram e estamos tão adaptados a elas atualmente que não notamos mais e o filme nos relembra delas, como cintos de segurança ou portas trancadas, outras já são mais óbvias e fáceis de reconhecer, como celulares ou expressões que não devem mais ser utilizadas.
Com roteiro de Andrew Knauer, Arthur Pielli e Brandon Scott Jones, o filme certamente se atualiza em muita coisa, principalmente quando, mesmo brincando, fala da transformação da escola em um outro ambiente, mais inclusivo e menos hostil. Porém, ainda há muita testosterona e apego aos tempos idos quando não consegue deixar de lado, por exemplo, a disputa entre duas mulheres. Há uma tentativa de jogar com a questão de Stephanie e Tiffany Blanchette, sua antagonista, estarem presas no tempo, mas ela não funciona tão bem assim.
Ainda Assim, De Volta ao Baile é um filme que diverte, mesmo que chegue exatemente onde sabemos que vai chegar. Se tem suas particularidades, fala de muitas coisas que são exatamente iguais a outras já vistas e seu argumento não é lá muito original. Depois de uma breve pausa de três anos após um ano com quatro filmes lançados, entre eles o terrível Cats e a produção da própria Netflix Megarrromântico, Wilson volta revigorada, ainda com alguns exageros que são característicos da atriz, mas a mesma esponteneidade de sempre.
Um daqueles filmes para ver sem exigir muito. Diversão rápida e fácil, sem esperar grandes emoções que vão mudar a vida de ninguém.
Um grande momento
A dança final