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Longas de Petrus Cariry e Bressane se destacam no 16º Fest Aruanda

Foram anunciados na noite de ontem (15), os vencedores do 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro. Com uma seleção de peso, o festival paraibano mostrou a força do cinema nordestino e não deixou de consagrar nomes conhecidos da cinematografia brasileira. Nesta edição foram 70 filmes divididos em diversas mostras temáticas. Do Ceará, Petrus Cariry e seu longa A Praia do Fim do Mundo, que tem no elenco Marcélia Cartaxo, natural de Cajazeiras, na Paraíba, levaram para casa o Prêmio Sob o Céu Nordestino, entre os nove troféus recebidos, de melhor direção e atriz, além do Troféu Aruanda de melhor filme da mostra. O prêmio de melhor curta da mostra Sob o Céu Nordestino foi para O Que os Machos Querem.

Na competição nacional, os curtas nordestinos Animais na Pista e O Pato, ambos paraibanos, e Sideral, do Rio Grande do Norte, dividiram os prêmios, sendo que o último foi escolhido pelo júri como melhor filme. Entre os longas, Capitu e o Capítulo foi escolhido como o melhor filme e Júlio Bressane, foi escolhido como melhor diretor. O longa também foi o escolhido pela crítica e levou o Prêmio Abraccine.

Para o público, os melhores filmes desta edição do Fest Aruanda foram os curtas Noites no Sítio e Foi um Tempo de Poesia, nas mostra Sob o Céu Nordestino e Nacional, respectivamente, e Miami-Cuba e Salamandra.

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O Pato (2021)
Cortesia Fest Aruanda O Pato, de Antônio Galdino

Confira todos os premiados:

MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO – LONGAS

Troféu Aruanda/Cagepa Melhor Longa Sob o Céu Nordestino
A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry

Menção honrosa
Transversais, de Émerson Maranhão, pela importância do tema de diversidade de gêneros para a atual sociedade brasileira, enfrentando o preconceito contra a aceitação das diferenças, e pela seleção das pessoas e as suas histórias de vidas.

Melhor Direção
Petrus Cariry, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Roteiro
Caroline Oliveira, por Miami-Cuba

Melhor Atriz ou personagem feminino
Marcélia Cartaxo, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Ator ou personagem masculino
O júri optou por não conceder prêmio de melhor ator

Melhor Atriz ou coadjuvante
Fátima Muniz, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Ator coadjuvante
Ruston Liberato, por Fendas

Melhor Fotografia
Petrus Cariry, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Edição
Petrus Cariry e Firmino Holanda, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Desenho de Som
Érico Paiva, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Trilha Sonora
João Victor Barroso, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Direção de Arte
Sérgio Silveira, por A Praia do Fim do Mundo

Melhor Figurino
Lana Patrícia Benigno, por A Praia do Fim do Mundo

Júri popular
Miami-Cuba, de Caroline Oliveira

O Que os Machos Querem
Reprodução O que os machos querem, de Anna Diniz

MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO – CURTAS

Troféu Rodrigo Rocha/Cagepa de Melhor Curta Paraibano
O que os machos querem, de Anna Diniz

Menção honrosa
Flor no Quintal, de Mercicleide Ramos, por tratar de maneira lúdica e delicada de um tema difícil como a alopécia, com uma mensagem final de autoaceitação.

Melhor Direção
Tiago A. Neves, por Incúria

Melhor Roteiro
Tiago A. Neves, por Incúria

Melhor Atriz
Ana Marinho, por O que os machos querem

Melhor Ator
Geyson Luiz, por Boyzin

Melhor Fotografia
Leonardo Gonçalves, por Terra Vermelha

Melhor Edição
Diego Pontes, por Tecendo Histórias

Melhor Desenho de Som
João Yor e Cácio Bezerra, por Noite no Sítio

Melhor Trilha Sonora
Amaro Mann, por Tecendo Histórias

Melhor Direção de Arte
Erick Marinho, por Incúria

Melhor Figurino
Nai Gomes, por Adarrum

Júri popular
Noite no Sítio, de Lucas Machado

Sideral
Divulgação Sideral, de Carlos Segundo

COMPETITIVA NACIONAL – CURTAS

Melhor Curta-Metragem
Sideral, de Carlos Segundo, nos apresenta um filme potente, impactante e irônico abrindo uma janela gigantesca de possibilidades de escape de uma vida tacanha, machista e sem horizontes.

Menção Honrosa
Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry, pelo importante resgate da memória do grande Patativa do Assaré de uma forma muito poética e sensível.

Melhor Direção
Antônio Galdino por O Pato

Melhor Roteiro
Carlos Segundo por Sideral

Melhor Atriz
Norma Goes de O Pato

Melhor Ator
Ênio Cavalcanti de Sideral

Melhor Fotografia
Rodolpho de Barros por Animais na Pista

Melhor Montagem
Ely Marques por Animais na Pista e O Pato

Melhor Desenho de Som
Miguel Sampaio por Sideral

Melhor Trilha Sonora
Eli-Eri Moura por Animais na Pista

Melhor Direção de Arte
Thiago Trapo por Animais na Pista

Melhor Figurino/Cenografia
Tamyres Dysa por O Pato

Júri popular – Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry

A Felicidade das Coisas
Cortesia Mostra SP A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga

COMPETITIVA NACIONAL – LONGAS

Melhor Longa-Metragem
Quem nunca teve seu perfil desenhado e depois não conseguiu mais se encaixar nesta imagem? Júlio Bressane nos apresenta uma provocação sensorial das fragilidades humanas com extrema maestria e rigor, um espelho que nos convida a olhar para a tela refletida nos olhos de Capitu e nos capítulos de Machado de Assis. Por isso o prêmio vai para Capitu e o Capítulo, de Júlio Bressane.

Menção Honrosa
Pelo argumento do filme Madalena de Madiano Marcheti, escrito por Madiano Marcheti, Thiago Gallego, Thiago Ortman, Tiago Coelho. Por representar um tema tão atual que narra perfeitamente as contradições de um país profundamente ferido. Marcheti através de Madalena faz uma síntese do Brasil contemporâneo: entre abundancia material, destruição ambiental e miséria cultural os protagonistas vagam por latifúndios de uma neocolônia emergidos uma realidade marginalizada e vistas com vidas sem importância por uma elite enriquecida e ignorante.

Menção Honrosa
Pela qualidade de atuação do elenco do filme Madalena: Natália Mazarim, Rafael de Bona, Pamella Yule, Chloe Milan, Mariane Cáceres, Nádja Mitidiero, Joana Castro, Edilton Ramos, Maria Leite, Antonio Salvador, Lucas Miralles.

Melhor Direção
Julio Bressane, por Capitu e o Capítulo

Melhor Roteiro
Thais Fujinaga, por A Felicidade das Coisas

Melhor Atriz
Patricia Saravy, por A Felicidade das Coisas

Melhor Ator
Maicon Rodrigues, por SALAMANDRA

Melhor Atriz coadjuvante
Magali Biff, por A Felicidade das Coisas

Melhor Ator coadjuvante
Enrique Diaz, por Capitu e o Capítulo

Melhor Desenho de Som
Confraria de sons e charutos por Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente

Melhor Montagem
Lia Kulakauskas por Madalena

Melhor Trilha Sonora
Junior Marcheti, por Madalena

Melhor Direção de Arte
Daniel Bruson por Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente

Melhor Figurino
Maria Aparecida Gavaldão por Capitu e o Capítulo

Melhor Fotografia
Guilherme Tostes, Tiago Rios Madalena

Júri popular
SALAMANDRA, de Alex Carvalho

16º Fest Aruanda: Madalena
Divulgação Madalena, de Madiano Marcheti

JÚRI ABRACCINE

Melhor curta-metragem da Mostra Nacional

A faca afiada é uma forma de enfrentar as mortes cotidianas, sentidas na pele e vividas na carne. Pela maneira aguda como aborda e encara a violência contra a mulher, o prêmio de melhor curta-metragem da Mostra Nacional vai para “O Pato”, de Antônio Galdino.

Melhor longa-metragem da Mostra Nacional

O filme termina, mas logo em seguida recomeça, mostrando seu processo de confecção. Assim é o olhar do artista diante da criação, sempre em busca da representação imprevista. Pela forma como se apropria de uma obra canônica e a subverte com muita singularidade, o prêmio de Melhor Longa-metragem da Mostra Nacional fica com “Capitu e o Capítulo”, de Júlio Bressane.

JÚRI DA PRODUÇÃO UNIVERSITÁRIA

Melhor Videoclipe
Entranhado, de Nathalia Bellar e Fabi Veloso.

Melhor Curta (TCC)
O outro lado do espelho, de Yanca Oliveira.

Menção Honrosa
Para o videoclipe Calma, de Ismael Farias, pela concepção poética e estética com foco temático de extrema relevância na atual conjuntura.

Prêmio Especial
Para a minissérie “O sumiço de Santo Antônio”, de Cely Farias e Waleska Picado, realizada pela TV UFPB.

PRÊMIO CPCB

Toada para José Siqueira

MOSTRA INTERNACIONAL UNIÃO EUROPEIA

Melhor Roteiro
Ana Falcon, por Tomorrow Island

Melhor Fotografia
Michael Tebinka, por Tomorrow Island

Melhor Diretor
Jeronimo Sarmiento, por Wild Game

Melhor Filme
Wild Game, de Jeronimo Sarmiento

Prêmio Especial
Para a animação ‘Nós, os Lentos’, da Mostra Conexão Lusófona.

[16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro]

Redação

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