- Gênero: Musical
- Direção: Michael Gracey
- Roteiro: Bill Condon, Jenny Bicks
- Elenco: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zac Efron, Zendaya, Rebecca Ferguson, Austyn Johnson, Cameron Seely, Keala Settle, Sam Humphrey
- Duração: 105 minutos
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Deixando a impressão de ser um musical apenas com músicas da banda Imagine Dragons, O Rei do Show vem como o último do gênero em um ano com grandes títulos, como La La Land, Em Ritmo de Fuga e a versão em live-action do clássico da Disney A Bela e a Fera. Por mais que grandes vozes do gênero, como Hugh Jackman e Zac Efron, façam parte do elenco, o longa-metragem não surpreende, mas é divertido.
O enredo da obra resume-se à história de P. T. Barnum, que passa de mero ajudante de alfaiate a grande showman. Paixões e ambições interferem em sua jornada, gerando conflitos e dificuldades a serem superadas. Aí está o primeiro grande problema, em uma história onde os sentimentos se fazem essenciais para a construção da narrativa, a falta de profundidade é evidente.
Infelizmente, essa superficialidade acompanha todas as tramas. As questões se resolvem em segundos, e fica a sensação que os personagens esqueceram-se do que gerou os conflitos. Outro ponto que incomoda é a atuação de Zac Efron que chama atenção por ser completamente sem graça; parece que não houve a construção de uma identidade ali, tanto faz como tanto fez.
Apesar disso, O Rei do Show é divertido e interessante. Com muitas cores, danças e performances, existe um aspecto de discussão de diferenças e aceitação, tudo isso em um gênero musical muito próximo da comunidade jovem atual. Porém, é impossível não perceber a inconstância no uso de animais de circo no filme, o que provoca um estranhamento por ignorar as discussões atuais acerca do tema e por serem graficamente insatisfatórios.
Por mais que a época em que se passa o filme justifique o uso de animais, os outros erros não contam com esse álibi. Mesmo assim, o gênero cinematográfico garante o ritmo e a diversão, com melodias que deixam tudo melhor. Logo, tanto por contar com músicas não tão tradicionais, quanto por ser visualmente interessante, talvez valha pagar o ingresso para ver O Rei do Show nos cinemas.
Um Grande Momento:
“This is me.”