(Selvmordsturisten, DEN, NOR, ALE, 2019)
O Turista Suicida parte de uma premissa interessante, Max tem um câncer no cérebro, está com os dias contados e decide pela eutanásia, em um hospital especializado. O longa-metragem, dirigido por Jonas Alexander Arnby e estrelado por Nikolaj Coster-Waldau, conhecido por seu papel de Jaime Lannister na série de sucesso Game of Thrones, porém é bastante impreciso na escolha dos caminhos que toma.
Se em um primeiro momento se dedica à construção de uma narrativa que integra a doença, com ausências, lembranças entrecortadas a acontecimentos reais e saltos temporais; depois parte para o suspense no explorar das instalações do hotel, e chega a um thriller descabido e quase sobrenatural em seu desfecho.
Não que não tenha atrativos visuais. Esta parte até funciona, mas é tudo tão descolado, tão imperfeito no conjunto, que é como se vários curtas tivessem sido remendados na tentativa de criar uma história una que carece de conexão. A falta de liga deixa expostos outros problemas do longa, como a irregularidade das atuações, o desenvolvimento raso dos personagens e diálogos pouco inspirados.
O Turista Suicida é um daqueles filmes que até partem de um bom lugar, mas precisariam de muito mais dedicação e lapidação do que tiveram para chegar a algum ponto. Vale, talvez, apenas pela paleta de cores, mas isso é muito pouco para um filme todo.
Um Grande Momento:
Nada tanto assim.
[43ª Mostra de São Paulo]