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Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

(Valerian and the City of a Thousand Planets, FRA/CHN/BEL/ALE/EAU/EUA, 2017)
Ficção Científica
Direção: Luc Besson
Elenco: Dane DeHaan, Cara Delevingne, Clive Owen, Rihanna, Ethan Hawke, Herbie Hancock, Kris Wu, Sam Spruell, Alain Chabat, Rutger Hauer, Peter Hudson, Xavier Giannoli, Louis Leterrier, Eric Rochant, Benoît Jacquot
Roteiro: Pierre Christin, Jean-Claude Mézières (HQ), Luc Besson
Duração: 137 min.
Nota: 5 ★★★★★☆☆☆☆☆

Quando filmava O Quinto Elemento, o diretor Luc Besson percebeu a possibilidade de levar às telas a história em quadrinhos de que era fã: Valerian et Laureline. Criada por Pierre Christin e Jean-Claude Mézières, a série de quadrinhos de ficção científica narrava as aventuras dos dois agentes espaciais. Demorou um tempo até que Besson achasse que a tecnologia estive à altura de tantos efeitos especiais e mais um outro tanto até que conseguisse o dinheiro para realizar a adaptação para o cinema, na produção independente mais cara da Europa até os dias de hoje.

Em Valerian e a Cidade dos Mil Planetas, o dois agentes encontram-se em missão quando Valerian recebe, em um sonho, uma mensagem telepática sobre o extermínio de um planeta. Sem saber que seu objetivo é encontrar algo relacionado àquilo que acabara de sonhar, ele termina seu trabalho e volta à Alfa, a tal cidade dos mil planetas do título, onde sua nova aventura realmente começará.

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Se a preocupação era com a qualidade gráfica, Besson pode ficar satisfeito com o resultado. Os Pearls, antigos habitantes do planeta Mül e suas peles reativas ao toque, impressionam, assim como outras espécies mais distantes da forma humana. Porém, a atenção parece ter sido tanta para essa área, que tenha ficado devendo em outros campos.

O roteiro estufado e pouco profundo, não dá conta de todas as biografias e eventos que tenta abarcar e, fora o visual, muita pouca coisa desperta algum interesse em quem assiste ao filme. Some-se a isso a antipatia com que Cara Delevingne constrói sua Laureline e tem-se um público à deriva, que não se importa muito com o desenrolar da trama e não tem qualquer vínculo emocional com aquilo que assista.

Fica difícil para Dane DeHaan e Clive Owen – num vilão pra lá de mal-desenvolvido – fazerem qualquer coisa, assim como pouco importa a participação especial da cantora Rihanna. Tudo nessas mais de duas horas de duração parece excessivo ou gratuito. Mas, ainda assim, o que se vê é bonito.

Um Grande Momento:
Nada tanto assim.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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