- Gênero: Terror
- Direção: Tomas Stark
- Roteiro: Tomas Stark
- Elenco: Jerker Beckman, Julia Sporre, Adam Stålhammar, Ola Wallinder
- Duração: 5 minutos
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Hail! Most Holy ANUBIS.
As palavras de Helen Adam, poetisa escocesa conhecida por seus poemas campestres místicos, ganham vida nesse curta homônimo de Tomas Stark. A Tale Best Forgotten é uma balada gótica sinistra, com trama suficiente para ser filmada no modelo padrão, mas tem no seu padrão circular o diferencial que a torna complexa à adaptação. Porém, o diretor consegue encontrar um caminho para fazer jus à surpresa com a qual a escritora “encerra” sua obra.
In a house by a river that lamented as it ran,
Lived a father, and his daughter, and the dog-headed man.
A father, and his daughter, and the dog-headed man!
It’s a tale best forgotten, but before the tale began
From the house to the river limped the dog-headed man.
Blood swelled the river before the tale began.
Se nas páginas partimos da saudação a Anúbis, na tela, é com o travelling vertical que conhecemos a terra onde a filha, o pai, o amante e o homem com cabeça de cachorro habitam. Ali estão a casa e o rio, o sangue e os ossos, e o deus egípcio da morte, a representação do círculo infinito. Aquele mesmo que se confunde entre água e ar. A imagem é simples e potente.
Em A Tale Best Forgotten, Stark se joga nas palavras de Adam e, mais do que conseguir senti-las e transmiti-las, valoriza-as com sua interpretação. Faz parte disso a habilidade do diretor na construção da atmosfera. A diferença nos tempos com que faz as revelações, como quando revela sua personagem de ligação entre tempos e universos, a filha, e retorna após o primeiro baque.
In the garden, in the garden, while the river slowly ran,
Walked the daughter, and her lover, and the dog-headed man.
The daughter, and her lover, and the dog-headed man!
It’s a tale best forgotten, but before the tale began
His daughter, by the river that reflected as it ran,
Fed the bones of her lover to the dog-headed man.
O próprio modo com que assume a circularidade em The Tale Best Forgotten é importante na construção e manutenção do horror, principalmente pela possibilidade de causar no espectador a confusão entre o que, em cena, é real e os limites das criaturas que habitam aquele conto. Mas é aquilo, o cão, ou Anúbis, está alimentado desde o começo. Ao fim e ao cabo, estamos sempre alimentando os monstros que habitam — e apavoram — o nosso inconsciente, nossos reflexos. Principalmente a morte.
Dog Head he was fed before the tale began.
Um grande momento
Lavando a mão