Crítica | Streaming e VoD

Apenas Amigos

(Just Friends, ALE/EUA/CAN, 2005)

Com as poucas idas ao cinema durante a última viagem, muitos foram os títulos conferidos na programação da tv paga do hotel. Como na maioria das vezes, boa parte dos títulos conferidos é de filmes que eu passei e preferi esperar para ver.

Um deles foi Apenas Amigos que, sem muita graça e com cara de colagem, não chamou minha atenção nas telonas. Com estrutura tradicional de comédia romântica, o filme conta a história de um adolescente fora de forma apaixonado pela bonitona da escola enquanto ela só queria a sua amizade. O tempo passa, o cara vira um gato mulherengo e, sem planejar, tem que voltar à cidade natal.

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Depois de um começo positivo para muitos com o filme Segundas Intenções (que eu não consigo gostar) e do desastre Tudo Para Ficar Com Ele, o diretor Roger Kumble aposta em uma comédia romântica manca e se apóia na interpretação de uma de suas coadjuvantes necessárias para tentar segurar o público durante os 96 minutos.

O começo com a musiquinha brega I Swear, do grupo vocal All-4-One e a figura engordada de Ryan Reynolds, recém saído do desastre A Hora do Rango, é mais longo do que precisava, mas não incomoda tanto. A atuação consegue se manter até os créditos e, no final das contas, ele está bem melhor do que sua parceira de cena Amy Smart, que não consegue entrar em sintonia com a história e lembra muito suas outras personagens de Caindo na Estrada e Tá Todo Mundo Louco.

Quem chama mesmo a atenção no filme é a atriz Anna Faris (Smiley Face), como uma cantora pop fraca e sem conteúdo. Dentre todos, é ela quem está mais confortável com o humor do filme, não parece se importar nem um pouco com as aprontações de sua personagem e ainda consegue dar um brilho especial aos diálogos. Outro que também se sai bem é Chris Klein (Rollerball), mas com muito menos destaque.

O andamento da história segue aquele mesmo padrão básico de outras do gênero, com possibilidades e impossibilidades se alternando e sem se preocupar muito com a justificativa de alguns dos obstáculos da trama.

Nem a trilha sonora, que costuma ser boa em filminhos com histórias engraçadinhas de amor, consegue se destacar.

Daqueles programas que só funcionam se ocorrerem por acaso e não fazem diferença na vida daqueles que o assistem. Se programado, pode causar irritação.

Um Grande Momento

As irritantes músicas de Samantha James.

Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)

MTV Movie Awards
: Beijos (Anna Faris e Chris Marquette)

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Submarino

Comédia/Romance
Direção: Roger Kumble
Elenco: Ryan Reynolds, Amy Smart, Anna Faris, Chris Klein, Chris Marquette, Amy Matysio, Fred Ewanuick, Julie Hagerty
Roteiro: Adam ‘Tex’ Davis
Duração: 96 min.
Minha nota: 4/10

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Oie!

    Vinícius – Acredito que tenha gostado menos mesmo. O filme é um lixo!

    Fred – Hahaha. Acho que ela é muito boa, mas já está marcada com esse tipinho. Só me lembro dela diferente em O Segredo de Brokeback Mountain, mas ela aparece pouquíssimo.

    Beijocas para vocês dois!

  2. Anna Faris fazendo papel sem conteúdo? Quero ver é o dia que ela fizer algo COM conteúdo.
    Adorei a contra-indicação do final: “Se programado, pode causar irritação” rsrs
    Muito bom!

  3. Acho que gostei ainda menos desse filme do que você. Algumas piadas são de extremo mau gosto (como já era possível esperar), mas o pior é que raramente consegue ter alguma graça.

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