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Um Jogo de Vida ou Morte

Visto em DVD(Sleuth, EUA, 2007)

Suspense

Direção: Kenneth Branagh

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Elenco: Michael Caine, Jude Law, Harold Pinter

Roteiro: Anthony Shaffer (peça), Harold Pinter

Duração: 86 min.

Minha nota: 7/10

Kenneth Branagh é aquele tipo de diretor que, além de ser muito feliz em seus enquadramentos, é cuidadoso e perfeccionista. Com as coisas sempre controladas e muito bem encaminhadas ele presenteia os espectadores com belas obras, mas nem sempre é reconhecido. Ou pelas escolhas, nem sempre boas, ou pela fraca divulgação de seu trabalho.

Um Jogo de Vida ou Morte é mais uma bela composição do diretor britânico. Para o elenco outros dois conterrâneos, de gerações diferentes, foram escolhidos: sir Michael Caine e Jude Law.

Um escritor, amante de jogos sinistros, convida o amante de sua esposa para sua casa. O tempo todo a relação dos dois oscila entre o sarcasmo, a ironia e a admiração. As coisas fogem do controle e algo terrível acontece.

O clima estranho do filme não seria o mesmo sem a direção de arte de Tim Harvey e a cenografia de Celia Bobak que juntos criam uma casa que ao mesmo tempo é ambiente e personagem.

As atuações, como era de se esperar, são superiores. Mais cínicos do que nunca, Caine e Law transformam-se a cada momento do filme e tornam seus personagens únicos.

O único problema fica por conta da solução do roteiro, que rápida demais contrasta com o resto da história.

Uma grande oportunidade de ver dois grandes atores dirigidos por um grande diretor.

A mesma peça foi adaptada em 1972 por Joseph L. Mankiewicz. Laurece Olivier era o escritor e, curiosamente, Michael Caine, o amante da esposa.

Um Grande Momento

Difícil escolher, mas vou ficar com a cena da escada.



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão em negrito)

Festival de Veneza: Leão de Ouro, Queer Lion

Links

Site Oficial

Imdb


Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Oi, Salgueiro!

    Eu peguei meio assim de susto e até gostei.
    Não percebi muito a marcação teatral, mas dá para perceber que vem de uma peça.

    Beijocas

  2. Eu esperava muito mais do filme, sobretudo pelo “peso” dos atores. Então, com o desenrolar da trama, acabei sentindo uma frustração. Além do que me senti tbm como se estivesse à frente de um palco, assistindo a uma peça teatral.

    É isso…
    Salgueiro

  3. Oi, Kau!

    Hehehe. Isso é que é pensar diferente. Gosto muito do Branagh, principalmente nas adaptações do Shakespeare. Mas Michael Caine é demais, né? Ele sempre está bem, impressionante!

    Oi, Wally!

    A gente não pode combinar em todas, né? Hehehe. Fiquei impressionada com a casa de Caine no filme, muito bem pensada.
    Maria Antonieta foi assim mesmo: agradou uns e desagradou outros.

    Beijocas para vocês!

  4. Minha opinião é muito parecida (e dou a mesma nota, alias). Os atores estão impecáveis e a cenografia é perfeita. Também adorei a trilha. O filme tem seus defeitos, mas esconde muita coisa boa.

    Já sobre Maria Antonieta discordo em aspectos, acho um filme maravilhoso.

    Ciao!

  5. Eu não gosto muito do Kenneth Branagh, tampouco do Jude Law. Mas tem o sempre excelente Michael Caine… e a nota não é tão baixa…

    Bjos!

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