Ação
Direção: Michael Dowse
Elenco: Dave Bautista, Kumail Nanjiani, Mira Sorvino, Natalie Morales, Iko Uwais, Betty Gilpin, Karen Gillan, Jimmy Tatro, Steve Howey, Rene Moran, Amin Joseph
Roteiro: Tripper Clancy
Duração: 93 min.
Nota: 4
Seguindo a fórmula noventista dos filmes policiais, é em uma perseguição que conhecemos o grandalhão boa gente Vic Manning, o agente pai solteiro que já vimos outras vezes no cinema. Paralelamente, conhecemos Stu, funcionário de uma loja de esportes e motorista de aplicativo nas horas vagas. Vem daí o apelido dado por seu chefe idiota e que dá nome ao filme, Stuber.
Enquanto o primeiro sai, junto com uma parceira debochada, em busca de um traficante graúdo, o outro tenta ser bem avaliado nas corridas para não ser cortado pelo aplicativo. A miopia de Vic deixa o bandido escapar e Stu, por mais que seja simpático, não consegue agradar nenhum de seus passageiros. Uma cirurgia nos olhos e a impossibilidade de dirigir fazem com que o caminho dos dois se cruzem.
Dirigido por Michael Dowse (Coffee & Kareem) e roteirizado por Tripper Clancy (Hot Dog), Stuber: A Corrida Maluca não tem nenhuma pretensão de ser algo além de um filme passageiro, desses que divertem e são prontamente esquecidos. Baseado no carisma da dupla Dave Bautista (Guardiões da Galáxia) e Kumail Nanjiani (Doentes de Amor), e especialmente no humor deste último, Stuber até consegue encontrar alguma graça e fazer rir aqui e ali, mas deixa a sensação de que há algo desacertado no conjunto.
Stuber: A Corrida Maluca aposta em uma estrutura desgastada, que segue passos muito pré-determinados. Faltam aquelas mínimas complexidade e profundidade que fazem diferença até nas tramas mais bobas. É como se todo o caminho ali estivesse pronto – desde os anos 1990, como já dito – para que os personagens fossem largados. Troca-se o táxi por um uber e tudo sai exatamente como se esperava.
A falta de atenção alcança em cheio qualquer um dos personagens coadjuvantes, em especial as mulheres, que estão ali apenas para servir de pavimento, ou muletas, para que a história se desenvolva. Mesmo tendo o silat de Iko Uwais (Tripla Ameaça) à disposição, entre perseguições, tiros e socos, o diretor desconsidera grafismos e coreografias para dar atenção apenas aos dois protagonistas.
Ainda assim, mesmo com tudo desencaixado, Bautista e Nanjiani conseguem, em um filme totalmente deles, encontrar aquilo que se espera dos dois. Não deixa de ser divertido ver o desespero de um em contradição à segurança do outro, além de algumas boas cenas de comédia. Mas é só isso mesmo.
Um Grande Momento:
Diário de uma Paixão, Diário de uma Paixão e… La La Land